As ervas-de-passarinho começaram a ser removidas das árvores em Porto Alegre. Realizado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), o serviço requer cuidados e equipamentos específicos, demora e traz receios à população. Uma das maiores preocupações é de a árvore fique vulnerável, morra e caia com facilidade. As ervas são plantas parasitas que se prendem às árvores e podem matá-las depois de certo tempo. Elas se alimentam da seiva bruta e se proliferam por meio das fezes dos pássaros. Depois que a árvore é totalmente consumida, as ervas também morrem.
'A erva-de-passarinho tem a sua função dentro do ecossistema. Não podemos simplesmente retirá-la. Temos que manter o equilíbrio para que ela exista, mas sem prejudicar o meio ambiente', disse o titular da Smam, Professor Garcia, ressaltando que a erva serve de depósito de alimento dos pássaros no inverno. Mesmo assim, segundo Garcia, a poda é fundamental para controlar o crescimento da erva. Vários fatores podem provocar o aparecimento dos parasitas, entre eles o excesso de umidade no solo e a afinidade com determinadas espécies.
No Parque da Redenção, na Capital, o trabalho de controle é frequente. Devido à grande quantidade de árvores – mais de 8,5 mil –, as ervas se proliferam com rapidez. Garcia informou que as árvores de cinamomo são as que mais apresentam as ervas-de-passarinho. Destacou que nas vias públicas a Smam faz, periodicamente, a retirada desse tipo de erva das árvores. Para dispor do serviço, moradores podem ligar para o telefone 156.
(Correio do Povo, 06/07/2009)