Forças Armadas americanas são um dos maiores consumidores de combustível fóssil do mundo
Em algum lugar em meio a tubos de ensaio e tanques verdes borbulhantes, em seu laboratório da Universidade de Utah, Jeff Muhs busca por uma sujeira de piscina campeã para o governo americano. Se ele e outros como ele espalhados pelo país tiverem sucesso, biocombustível à base de algas poderá passar a alimentar um dos maiores consumidores de gasolina do mundo: as Forças Armadas dos Estados Unidos da América.
A capacidade das algas de crescer rápido e gerar óleos gordurosos faz delas um candidato sedutor para uma força militar que luta para reduzir sua dependência de petróleo importado. "Fez sentido começar por aqui", disse Muhs. O trabalho em seu laboratório é parte de um projeto do Pentágono que tem por objetivo acelerar uma pesquisa para produzir um biocombustível que custe menos de US$ 3 o galão, ou menos de R$ 2 o litro, possa ser produzido a uma taxa de 198 milhões de litros ao ano e atinja os exigentes padrões militares de desempenho.
"Acreditamos que é possível. Não investiríamos nisso do contrário", disse a porta-voz da Agência de Projetos Avançados de Defesa, a Darpa, o principal braço de pesquisa científica do Departamento (ministério) da Defesa dos EUA. Outros projetos patrocinados pela Darpa incluem um carro capaz de percorrer uma cidade mesmo sem motorista e os primórdios da internet.
Em dezembro, a Darpa concedeu um contrato de US$ 20 milhões à General Atomics e de US$15 milhões à Science Applications International Corporation (Saic), para que as empresas descobrissem um biocombustível substituto para o JP-8, um derivado de petróleo usado em jatos militares e outros veículos.
(Associated Press / Estadao.com.br, 04/07/2009)