Nesta quarta à tarde (01/07), uma reunião entre representantes do Ibama e da Alfândega trataram de assuntos pertinentes sobre uma carga de lixo importado por uma empresa de Bento Gonçalves e que chegou descrita como polímeros de etileno para reciclagem ao Porto do Rio Grande.
Segundo o chefe da Alfândega no porto rio-grandino, Marco Antônio Medeiros, os contêineres permanecem retidos no Tecon, e só serão liberados com destino de volta à Europa. "O Ibama intimou as empresas responsáveis, e o caso passa agora a ser investigado pelo Ministério Público Federal, contando sempre com o auxílio dos demais órgãos envolvidos", ressaltou.
No interior dos contêineres estão banheiros químicos prensados, camisinhas, seringas, cartelas de remédios, pilhas e baterias, entre outros, além de material orgânico. A Alfândega da Receita Federal do Brasil no Porto do Rio Grande está investigando a operação de importação irregular. Em Caxias do Sul, há outros oito contêineres com esse tipo de lixo e, no Porto de Santos (SP), mais 16.
As 740 toneladas de lixo chegaram ao Tecon a partir do final de fevereiro até o final de maio deste ano, em oito embarques diferentes, com uma média de cinco contêineres em cada embarque. A descoberta deu-se após denúncia anônima à Receita Federal. A intenção da Alfândega é de fazer com que a empresa importadora devolva as 740 toneladas de lixo à origem, até para forçar as autoridades europeias a tomarem providências para que esse tipo de prática desleal no comércio exterior não continue.
(Jornal Agora, 02/07/2009)