Em resposta ao post "Mar Vermelho na Amazônia", publicado neste blog na tarde desta quinta-feira (25/06), a assessoria de comunicação externa da Alunorte enviou a nota abaixo, que reproduzo na íntegra:
"Prezado Edvaldo, segue nota da Alunorte divulgada à imprensa nesta quinta-feira sobre o laudo da UFPA.
Sobre o laudo da Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgado hoje, 25 de junho, a Alunorte esclarece:
1) A Alunorte não recebeu nenhum documento, tampouco foi comunicada oficialmente da existência do laudo;
2) No entanto, a Alunorte reitera que suas operações de beneficiamento da bauxita estão rigorosamente licenciadas e dentro da legalidade. Além disso, a empresa adota cautelas adicionais ao seu sistema operacional de controle ambiental. Exemplo disso, o depósito de rejeitos sólidos (DRS) que armazena os resíduos de bauxita foi projetado e construído com capacidade 4 (quatro) vezes superior ao que exige a norma NBR 10157;
3) Não obstante os redobrados cuidados adotados e conforme a Alunorte já havia divulgado no dia 29 de abril, um temporal de intensidade nunca antes registrado na região de Barcarena (105 milímetros em apenas 1 hora e meia) foi a única causa do transbordamento momentâneo de um dos canais de drenagem. Ou seja, em nenhum momento houve rompimento de barragem;
4) Apesar dos esforços da Alunorte para controlar e minimizar o transbordamento, a água da chuva acabou carreando resíduos de bauxita para o Rio Murucupi, sem, contudo, causar danos;
5) Importante lembrar que no laudo divulgado pelo Instituto Evandro Chagas foram CONFIRMADAS as afirmações da Alunorte de que a alteração do pH no Rio Murucupi NÃO ULTRAPASSOU os limites estabelecidos pela Resolução 357/05 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama): "Art. 34. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água desde que obedeçam as condições e padrões previstos neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis:§ 4º Condições de lançamento de efluentes:I – pH entre 5 e 9;"
6) A Alunorte contratou duas empresas especializadas para minuciosa avaliação das condições do Rio Murucupi.
7) A Alunorte não utiliza ácido clorídrico em seu processo produtivo e nem no tratamento de efluentes;
8) A Alunorte utiliza para disposição de resíduos e para tratamento de efluentes técnicas das mais modernas do mundo
9) Além disso, a Alunorte reafirma que NENHUM RELATÓRIO ATÉ O MOMENTO CONCLUIU que os peixes encontrados mortos no Rio Murucupi foram em decorrência do transbordamento do canal de drenagem da empresa, tampouco por contaminação por soda cáustica, e nem que o transbordo momentâneo do canal de drenagem tenha provocado impacto à saúde das comunidades ribeirinhas;
10) A Alunorte reitera o compromisso com a segurança de suas operações, a proteção ao meio ambiente e o respeito com as comunidades vizinhas às suas unidades.
GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E RELAÇÕES COM COMUNIDADES
Assessoria de Imprensa Externa – Temple Comunicação"
(Por Edvaldo Pereira, Amazônia em Foco, 26/06/2009)