A Brenco nega a prática de trabalho escravo e diz que, por avaliar indevida a acusação do Ministério do Trabalho, foi à Justiça para impedir a inclusão de seu nome na "lista suja". "A sentença confirmou a liminar, determinando que essa inclusão somente ocorra se, esgotadas todas as possibilidades de discussão dos autos de infração aplicados, inclusive na esfera judicial, estes sejam julgados subsistentes", afirma a assessoria de comunicação da empresa. Ao negar práticas ilegais, a empresa diz que "se pauta pelas mais rigorosas práticas de governança corporativa e pela valorização das pessoas e sempre ofereceu excelentes condições de trabalho".
O BNDES, também por meio de sua assessoria, afirma que, para obterem financiamento do banco, todas as empresas têm de "observar a legislação relativa à utilização de recursos públicos, sobretudo no que diz respeito às questões trabalhistas, ambientais e fiscais".
O banco do governo federal diz ainda que, em agosto do ano passado, quando foi assinado o contrato de financiamento com a empresa, e, no início deste ano, quando foi liberada a maior parte dos recursos, "a legislação foi observada pela beneficiária". De acordo com o BNDES, o contrato pode ser rescindido caso ocorra uma condenação definitiva na Justiça.
(Folha de S. Paulo, 30/06/2009)