Um dos maiores anseios da comunidade de Capão da Canoa, a garantia de acesso público à Lagoa dos Quadros ainda se mantém como desafio, desde 1986. Porém, a questão avançou, com a assinatura do decreto de desapropriação da segunda área do Parque Náutico e Lagoa dos Quadros, em 5 de junho deste ano, Dia Mundial do Meio Ambiente.
Palco de vários eventos, em 1986, as margens da lagoa abrigaram a primeira tentativa de implantar o Parque Náutico, em parceria com o governo estadual. A localização privilegiada, junto ao ponto de captação de água da Corsan, incentivou a realização de competições náuticas, e na área do parque, de motocross e outros esportes, além da aquisição do barco turístico Mississipi. Em 21 de janeiro de 2006, surgiu o Movimento Popular em Defesa do Parque Náutico e da Lagoa dos Quadros, que propõe a construção de espaço público de lazer e a preservação do maior manancial de água potável, flora e fauna do Litoral Norte, na cidade.
Ainda em 2006, seria firmado o acerto para desapropriação da primeira área, com 10 hectares. Um balanço feito pelo movimento revela avanços como a aprovação de resolução pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente (Condema) para criação de unidade de conservação natural, constituída pelas duas áreas (17 hectares), e de emenda a projeto de Lei Complementar garantindo o direito a 8% de área pública e mais 2% da infraestrutura, escolhidos pela comunidade, para cada empreendimento instalado na área da lagoa.
(Correio do Povo, 29/06/2009)