Atualmente a contribuição dos gases Hidrofluorcarbonetos (HFCs) para o aquecimento global é de menos de 1%, mas um estudo do Laboratório de Pesquisas de Sistemas Terrestres dos EUA (NOAA), publicado nesta terça-feira (23/06), afirma que em 2050 a participação desses gases para as mudanças climáticas podem chegar a 12%. O HFC tem um potencial de aquecimento global 14.760 vezes maior que o dióxido de carbono (CO2).
“HFCs são bons para a camada de ozônio, mas não são nada amigáveis para o clima”, afirmou David W. Fahey, um dos autores do estudo. “Nossa pesquisa mostra que o efeito deles no clima pode se tornar significantemente maior do que era esperado, se continuarmos a usá-los da mesma forma que hoje”. Com o título de “The large contribution of projected HFC emissions to future climate forcing”, o estudo levou em conta o crescimento esperadona demanda de ar condicionado, gases refrigerantes e outras tecnologias em países desenvolvidos e em desenvolvimento.
O protocolo de Montreal, assinado em 1987, e que estabelece a queda na utilização de gases agressores da camada de ozônio foi também levado em conta e é um dos fatores que levarão ao crescimento do uso dos HFCs. O estudo também apresenta diversos cenários hipotéticos para mitigar o impacto do consumo dos HFCs no clima. Por exemplo, um consumo limite global com uma redução anual de 4% seria o suficiente para que a utilização dos gases atingirem seu pico em 2040 e depois caírem gradualmente.
(Por Fabiano Ávila, CarbonoBrasil, 25/06/2009)