Legisladores escoceses apoiaram na quarta-feira (24/06) uma meta para cortar as emissões de gases do efeito estufa em 42% até 2020 com base no nível de 1990, deixando a Alemanha em segundo lugar no ranking de metas mais ambiciosas no mundo desenvolvido. Países em desenvolvimento têm pedido que as nações ricas assumam a liderança na luta contra as mudanças climáticas, adotando metas para cortar as emissões em 40% em 2020. Até agora, eles não têm se impressionado com os planos que demonstram que grandes lacunas precisam ser preenchidas para que um novo acordo global seja alcançado em Copenhague em dezembro. O projeto de lei escocês inclui uma opção para diminuir a meta se nenhum acordo global forte for alcançado nos próximos seis meses.
Entretanto, ambientalistas festejaram a decisão da Escócia, com amplo potencial para aproveitamento da energia eólica. O país criticou as metas propostas este mês pelo Japão e pela Rússia. “Ao menos um país está preparado para uma legislação climática que segue a ciência”, disse a chefe da Iniciativa Climática Global da WWF International, Kim Carstensen. Alguns legisladores descreveram o projeto de lei como o mais importante desde o estabelecimento do parlamento escocês em 1999. Em abril, o Reino Unido adotou formalmente uma meta obrigatória para cortar as emissões em 34%. Os legisladores na Escócia têm uma certa autonomia local e foram um pouco além do parlamento nacional. A Escócia tem uma população de 5 milhões em comparação com 61 milhões em todo o Reino Unido.
A União Européia concordou em reduzir as emissões em no mínimo 20% até 2020, e a Alemanha em 40% com base no nível de 1990. Grupos ambientalistas criticaram os planos japoneses e russos para cortar as emissões respectivamente em 8% e 10-15%.
(Reuters / CarnonoBrasil, 25/06/2009)