A comunidade Mapuche José Manuel Pichún, de Paraje Cuesta del Ternero, na patagônica província de Rio Negro, reafirmou sua posse ancestral sobre o território ocupado atualmente por uma empresa florestal. A comunidade se formou em 1999 para brigar pelos direitos do povo Mapuche que havia sido deslocado do território. Em 1987, a Direção de Bosques da Província de Rio negro desalojou a Rudesindo Valle do lugar para colocar uma plantação de pinheiros que ocupou uns 250 hectares.
Os descendentes de Rudesindo organizaram-se para recuperar o território, mas ainda não têm o reconhecimento das autoridades, apesar de que seus direitos são parte das Constituição argentina e dos tratados internacionais assinados pelo país. Quem agora integra a comunidade José Manuel Pichón - outro dos povoadores originários da região - destaca que o pinheiro plantado para negócios florestais desertificou o solo e destruiu a mata nativa.
Agora o território passou às mãos da Empresa Florestal Rionegrina Sociedade Anônima (EM. FOR. AS.), que alega ter o título de propriedade das terras. A comunidade denuncia que foram amedrontados por integrantes da empresa e inclusive iniciaram causas penais por haver utilizado lenha seca para esquentar suas casas. Por estes motivos, a comunidade Mapuche decidiu reafirmar a posse do território usurpado pela empresa florestal, para dar-lhe vida novamente.
(Púlsar / Adital, 19/06/2009)