(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
passivos da pecuária frigoríficos/agroindústrias
2009-06-24

Brasília - O Ministério Público do Pará e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) fecharam convênio para restringir a aquisição pelos supermercadistas de carnes produzidas em áreas de desmatamento clandestino. A decisão foi comemorada pela presidente da Comissão Mista Permanente Sobre Mudanças Climáticas, senadora Ideli Salvatti (PT-SC) ao constatar que está se estabelecendo uma forma de retaliação aos produtores rurais que não respeitam as condições de sustentabilidade ambiental no país.

A medida, antecipou a senadora, fez com que várias e grandes redes de supermercados no Brasil não comprem mais carne de boi de área do desmatamento do Pará. "É salutar essa medida de o Ministério Público, inclusive a Procuradoria do Pará, manter veto à compra de carne de área desmatada". O Ministério do Meio Ambiente apoio a recomendação. "Nenhuma empresa notificada pelo Ministério Público Federal pode comprar gado criado à custa de ilícito ambiental", disse.

"Esta medida", lembrou a senadora, "deverá ser seguida pelo Mato Grosso e Rondônia". Isto porque o Ministério Público de Rondônia está estudando adotar a decisão semelhante à do Pará "e fazer pelo corte econômico, ou seja, ter uma criação de gado num desmatamento e queimada recebe a consequência do seu ato onde mais dói, que é o bolso: não poder vender a carne, não poder ter o lucro", afirmou.

Ideli explicou que a medida colabora para que o Brasil possa reduzir suas emissões de carbono, já que no país isso ocorre pelas queimadas praticadas pelos produtores que promovem o desmatamento para a exploração, entre outras coisas, para a produção de carne. A senadora, que é também líder do Governo no Congresso, respondeu às críticas feitas pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), contrário às medidas de restrição aos produtores, que o setor de pecuária sobre as conseqüências de não ter aceitado um acordo com o Ministério do Meio Ambiente para continuar a produzir sem aumentar o desmatamento.

O ministro Carlos Minc fez uma espécie de ajuste de conduta com a Associação dos Produtores Exportadores de Soja para reduzir o aumento de área desmatada e com isso evitou-se criar restrições ao setor. A medida, bem sucedida, na avaliação da senadora, foi tentada também com a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne, que não aceitou o acordo e, agora, com o convênio do Ministério Público do Pará e a Abras, sofre as conseqüências. Um dos exemplos desse enfrentamento é o caso da Adidas. A empresa alemã ameaça deixar de comprar couro dos Frigoríficos Bertin, denunciado por desmatamento e utilização de áreas da Floresta Amazônica.

"Com certeza, medidas como estas poderão produzir uma saudável mesa de negociação com esses setores", previu a senadora. Ideli aproveitou o seu pronunciamento para parabenizar a comissão brasileira que participou da reunião preparatória para a COP 15, em Copenhague, que tratará da revisão do Protocolo de Kyoto. No encontro realizado em Bonn, Alemanha, a comitiva brasileira propôs que haja um aumento na redução de emissão de gases do efeito estufa em 40% pelos países ricos entre 2013 e 2020. "Essa reunião em Bonn, por muito pouco, não se transformou em uma reunião absolutamente inócua, que inclusive colocava em risco qualquer possibilidade de continuidade de compromissos que o Protocolo de Kyoto representa", comentou. O Protocolo de Kyoto encerra a sua vigência em 2012.

Ideli anunciou ainda a realização em Florianópolis da Exposuper, uma feira de exposição dos supermercadistas que tratará da produção e origem de produtos orgânicos, inclusive a carne.

(Digital ABC, 16/06/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -