(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
tecnologia solar
2009-06-24

Projeto de 400 bilhões de euros prevê a utilização do potencial solar do norte da África para abastecer o continente europeu, porém há dúvidas sobre sua viabilidade devido aos altos custos e à instabilidade política na região

No que pode ser uma das maiores iniciativas de energias renováveis do mundo, empresas alemãs pretendem estabelecer usinas solares no deserto africano e fornecer 15% da eletricidade de toda a Europa. Com a capacidade total de 100GW, o complexo deve superar em mais de 80 vezes o tamanho das instalações do até então do maior projeto solar em construção, no deserto de Mojave, na Califórnia.

Estudos apontam que se apenas 0,3% do Saara fosse coberto com as chamadas usinas de concentração solar isto produziria energia suficiente para abastecer todo o continente europeu. Para aproveitar esse potencial, empresas lideradas pela seguradora Munich Re querem utilizar a tecnologia das usinas de concentração solar em países como a Tunísia e depois enviar por cabos a eletricidade para a Europa. O projeto está buscando apoio de gigantes como o Deutsche Bank e as fornecedoras de energia RWE e E. ON.

As usinas de concentração solar funcionam através de um sistema híbrido, que utiliza espelhos para coletar e direcionar os raios do sol para tanques com água, com a intenção de produzir vapor.  O ar quente é então canalizado para movimentar turbinas que geram eletricidade. Essa energia seria enviada para a Europa por cabos de alta voltagem de corrente direta (HVDC).

Riscos
Segundo uma das incentivadoras e coordenadoras da iniciativa, a DESERTEC Foundation - uma fundação de caridade ligada à Jordânia e à Alemanha – o projeto deve também favorecer as comunidades locais do deserto. Há planos de utilizar o calor das usinas para a obtenção de água potável a partir dos oceanos. A água seria distribuída para a irrigação e para o consumo das populações próximas às usinas.

O presidente da Associação Européia para Energias Renováveis, Herman Scheer, disse que o projeto no deserto é altamente problemático, por causa das tempestades de areia, de ter a participação de países com regimes políticos instáveis e dos altos custos envolvidos. Por sua vez, as empresas alegam que projetos desse porte são a maneira mais rápida para o combate ao aquecimento global.  As repercussões do projeto na Europa foram diversas. O jornal Die Tageszeitung levantou dúvidas sobre o futuro de projetos na própria Alemanha. “O problema seria fazer diminuir os investimentos em iniciativas alemãs, como a dos painéis solares nos telhados. Por mais poderoso que seja o sol do Saara, o custo de transportar essa eletricidade não pode ser menor que a produção dela de forma descentralizada em solo alemão”.

Já o Financial Times Deutschland destacou que as empresas já vislumbram a possibilidade de lucro com as renováveis. “É claro que não foi apenas o interesse ecológico que moveu todas essas empresas. Existe a esperança da melhora da imagem junto ao público, mas isto também não seria o suficiente. Este projeto deixa claro  que investimentos em energias limpas já fazem sentido economicamente”.

A previsão para o projeto entrar em funcionamento é de 10 a 15 anos e o total de investimentos deve beirar os € 400 bilhões.

(Por Fabiano Ávila, CarbonoBrasil, 23/06/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -