(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
hidrelétrica de estreito mab impactos de hidrelétricas
2009-06-22

A programação é de que em outubro do ano que vem a usina de Estreito, no Tocantins, gere seus primeiros megawatts de energia. O cronograma jó foi readequado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e até mesmo as servidões que serão usadas para a construção de 150 quilômetros de linhas de transmissão foram consideradas de utilidade pública, no início deste mês. Mas a concessionária que já investiu R$ 1,8 bilhão na usina, a maior hidrelétrica em construção depois das usinas do Madeira, ainda vai ter de enfrentar a resistência de alguns movimentos sociais e processos judiciais na remoção de cerca de duas mil famílias da região. Além de responder a 12 ações judiciais.

O presidente da concessionária Estreito Energia, José Renato Ponte, diz que 90% das negociações com as famílias já foram fechadas. Mas alguns grandes proprietários ainda dificultam a posse da terra e há casos na Justiça. De qualquer forma, a concessionária conta com a declaração de utilidade pública dada pela Aneel para agilizar esses processos. A usina já tem um atraso de quase cinco anos, prazo que levou para que o Ibama concedesse a licença para a instalação da hidrelétrica.

Estreito foi leiloada ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, quando a licitação era feita por quem pagava mais pela outorga e o licenciamento ambiental não era condição para a usina ir a leilão. Os então sócios na época se comprometeram a pagar R$ 6,5 milhões por ano pelo uso do bem público durante todo o prazo da concessão, que é de 30 anos, e a partir da geração do primeiro megawatt. A sociedade foi alterada ao longo do tempo e hoje a concessionária é formada pela GDF Suez, que tem pouco mais que 40% do empreendimento; a Vale (30%); Alcoa (25%) e Camargo Correa (5%).

A usina faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e até o leilão das usinas do Madeira era um dos maiores empreendimentos hidrelétricos em andamento no país, com capacidade de gerar 1.087 megawatts (MW). A energia assegurada é de pouco mais de 500 MW e parte dela, a que pertence à Suez, foi vendida em leilão de energia nova ao custo de R$ 126,00 para o consumidor. O preço é bem mais elevado do que as usinas de Santo Antônio e Jirau, em parte porque a eficiência é menor. A energia que efetivamente será gerada por Estreito representa cerca de 50% de sua capacidade instalada. No Madeira esse percentual é de 70%.

Apesar de os proprietários de pequenas terras já terem fechado acordo, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) questiona a forma coma a concessionária está conduzindo a questão. Um dos questionamentos é quanto aos critérios de indenização que levaram em consideração uma área menor do que a indenização calculada em São Salvador, por exemplo, segundo Cirineu da Rocha, do MAB. Algumas pessoas chegam a dizer que existe uma pressão para que os moradores aceitem as cartas de crédito que giram em torno de R$ 45 mil e R$ 55 mil. Mas Ponte diz que todo o laudo de avaliação foi aprovado pelo Ibama.

De qualquer forma, a comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados pretende discutir o assunto no próximo mês. O MAB alega que o número de pessoas a serem removidas é de 20 mil, frente aos oito mil registrados pela Estreito Energia.

(Por Josette Goulart, Valor Econômico, 22/06/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -