No dia 19/6, São Paulo se incorpora ao calendário de mobilizações que ocorrem em todo o país em defesa da soberania nacional e por um novo marco regulatório para o setor energético. Como já ocorreu no Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e diversas outras localidades, os movimentos sindical e sociais organizam uma grande manifestação em frente ao prédio administrativo da Petrobrás, na avenida Paulista. No dia 8, na Assembleia Legislativa de São Paulo, centenas de pessoas atenderam ao chamado da bancada de deputados do PT para um ato em defesa da Petrobrás.
A CUT, Força Sindical, CGTB e UGT, além de diversas lideranças populares, vereadores, deputados estaduais e federal repudiaram a tentativa de utilização eleitoral da CPI da Petrobrás, com vistas a 2010, e o objetivo tucano de privatizar as riquezas do pré-sal.
Ainda não se sabe ao certo a quantidade de petróleo existente sob a camada de sal do litoral brasileiro que vai do Paraná ao Espírito Santo. Os mais cautelosos falam em torno de 70 milhões de barris (todas as reservas atuais do país somam 15 milhões de barris); os mais otimistas estimam que possa haver até 200 milhões de barris, o que transformaria o Brasil na segunda potência energética do planeta. Estamos falando em trilhões de dólares de recursos, que podem ser investidos para mudar a face da pobreza, da educação deficiente, da saúde precária, da falta de saneamento e de habitação do Brasil.
É está enorme riqueza que o PSDB/DEM tenta controlar para vender a preço de banana para empresas multinacionais, como já fez no passado com nossos recursos minerais. Não é coincidência surgir uma CPI da Petrobrás às vésperas do governo anunciar um novo marco regulatório para o setor energético e os movimentos sociais estarem nas ruas recolhendo assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular para acabar com os leilões, mudar a lei do petróleo e estabelecer, de fato, o monopólio estatal com controle social.
É nesta luta que os trabalhadores petroleiros, químicos, bancários, metalúrgicos e toda a sociedade devem se envolver. Ao atacarem a empresa símbolo da autosuficiência brasileira, tucanos e demos querem impor seu projeto privatista, que já foi derrotado por duas vezes nas urnas.
Não queremos voltar aos tempos de apagão! Não queremos vender petróleo bruto por 3 dólares o barril e importar o mesmo petróleo por mais de 50 dólares! Não queremos comprometer a soberania nacional para gerar lucro para as multinacionais!
Lutamos por:
- Um novo marco regulatório para o setor energético!
- Por uma Petrobrás 100% estatal!
- Por um fundo soberano sob controle social!
Dia 19 vamos lotar a avenida Paulista, em mais uma grande manifestação para mostrar para a mídia conservadora, para os tucanos/demos, para os tubarões internacionais que o petróleo deve estar sob controle do povo brasileiro!
ATO PELA SOBERANIA NACIONAL E EM DEFESA DO PETRÓLEO
Av. Paulista, 901 (em frente ao prédio da Gazeta)
Concentração às 10h e ato às 12h
(MST / Sindipetro Unificado de São Paulo, 17/06/2009)