Os trabalhadores terceirizados das obras de construção do porto da Petrobras, em Barra do Riacho, no município de Aracruz, cruzaram novamente os braços nesta quarta-feira (17/06). Eles, ao lado de desempregados do município, lutam pelo aproveitamento de 50% de mão de obra para operários locais. O movimento começou na tarde da última terça-feira (16). A manifestação aconteceu na porta do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Barra do Riacho e de Aracruz. Os trabalhadores querem a demissão de toda a diretoria dos Sine e o imediato aproveitamento dos operários que são moradores do município.
O objetivo dos trabalhadores é que se cumpra a Lei nº 2.075 de 1977, que prevê o aproveitamento de 50% de mão de obra local em empreendimentos no município e também que a Petrobras cumpra o termo de cooperação assinado com o Grupo de Trabalho da Intermediação Massiva de Mão-de-Obra (IMMO), formado por empresas, sindicatos e entidades de ensino do Estado em função dos investimentos privados em grandes projetos industriais que estão em andamento. A própria Petrobras faz parte do IMMO, que tem entre seus objetivos principais evitar a migração de profissionais de outros estados para o Espírito Santo.
Os desempregados se concentraram em frente à Vara do Trabalho de Aracruz, onde tentaram entregar ao procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Antonio Marcos Fonseca de Souza, um abaixo assinado com mais de 500 assinaturas pedindo providências contra as empresas Carioca Engenharia e Mendes Junior, contratadas, e Petrobras, que trouxeram operários de outros municípios e também de fora do Estado para trabalhar nas obras em detrimento dos muito trabalhadores da região.
(Por Lívia Francez, Século Diário, 18/06/2009)