As Nações Unidas afirmaram que a desertificação ameaça a vida de mais de 1 bilhão de pessoas em pelo menos 100 países. O alerta foi feito pelo Fundo da ONU para o Desenvolvimento Agrícola, Ifad, nesta quarta-feira (17/06), para marcar o Dia Mundial de Combate à Desertificação. Numa mensagem, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon disse que o número de migrantes ambientais, pessoas que têm que fugir de suas casas por severas condições climáticas, pode chegar a 200 milhões em 2050.
Segundo Ban, atualmente 24 milhões de pessoas já vivem nestas condições. Ele lembrou que, nas últimas quatro décadas, um terço das terras para cultivo foram abandonadas após ser tornarem improdutivas. De acordo com o Ifad, conflitos sobre posse da terra e água são um dos perigos do problema. Sob o tema, "A Conservação da Terra e da Água: Assegurar o Nosso Futuro Comum", a ONU ressalta as ameaças da degradação de solos aráveis que priva as pessoas de direitos básicos como o acesso ao alimento e à água.
A Convenção da ONU para o Combate à Desertificação, Unccd, revela que mais de 250 milhões de pessoas já estão diretamente afetadas pela seca e degradação de terras de cultivo.
Agências
Neste 17 de junho, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma publicou vários exemplos de combate à desertificação. Uma das iniciativas é a criação de reservas naturais e mercados comunitários além de projetos de irrigação no Senegal, no Quênia e no Zimbábue. Os programas são financiados com a ajuda do Pnuma e outras agências internacionais.
Conferência
O Pnuma acredita que nove em cada 10 desastres naturais são causados por condições climáticas." O diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, disse que uma das formas de combater a desertificação é eliminar o aquecimento global. Steiner pediu o apoio de todos os países para aprovar a segunda fase de cumprimentos do Protocolo de Kyoto, numa reunião da ONU em dezembro.
A Conferência sobre Mudança Climática da ONU será realizada em Copenhague, capital da Dinamarca. A primeira fase de cumprimentos do Protocolo de Kyoto está marcada para expirar em 2012.
(JB Online / AmbienteBrasil, 18/06/2009)