O DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes anunciou, esta semana, um edital para licitação das obras de derrocamento e sinalização da Hidrovia Tocantins. O trecho a ser derrocado tem uma extensão de 43 km, numa região de pedrais entre a Ilha do Bogéa, no reservatório de Tucuruí (PA) e Santa Terezinha do Taurí, também no Pará. A obra tem influência direta na operacionalização total da hidrovia, que inclui grandes trechos no Tocantins, e este no Pará, o mais crítico quanto à navegabilidade. O investimento inicial do governo federal nas obras é de R$ 140 milhões.
Segundo informações do Dnit, o edital para contratar as obras já está pronto e será lançado nas próximas semanas. O órgão aguarda somente a licença prévia para abrir o processo licitatório. Quando concluído, o DNIT dependerá da licença de instalação para dar início às obras. Segundo o diretor geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, as obras na hidrovia, aliada à construção das eclusas vai permitir a navegação plena da Hidrovia Tocantins. “A navegação no rio já é possível. Mas hoje ela só acontece entre os meses de janeiro e agosto. Com as obras concluídas, a navegação será possível também entre os meses de setembro e dezembro, ou seja, durante todo o ano”, disse.
Sobre o início das obras da eclusa de Lajeado, Pagot explicou que a obra ainda não está contemplada no edital lançado pelo Dnit. “As obras na Eclusa de Lajeado só serão retomadas quando o projeto de transposição da Eclusa de Estreito estiver pronto”, informou. Luiz Antônio Pagot destacou também a importância das obras para o desenvolvimento do Tocantins. “As obras na Hidrovia do Tocantins vão não só gerar oportunidades de desenvolvimento econômico para a região, como também promover a integração regional e a diminuição das desigualdades. Essa é uma obra gigantesca que vai permitir a navegação de grande porte no rio, gerando mais competitividade para o transporte hidroviário”, completou.
Para o coordenador técnico da secretaria de Representação do Tocantins em Brasília, Paulo Martorelli, o anuncio do edital do Dnit já representa um resultado prático das ações do governo estadual junto aos órgãos diretamente ligados com a viabilização da Hidrovia, como a Antaq – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, ANA – Agência Nacional de Águas, Ahitar – Agência de Administração das Hidrovias Tocantins e Araguaia, entre outros. “Tudo isso tem sido um resultado das ações e gestões do governo estadual junto a esses órgãos. Atualmente, o governo do Estado sempre está sendo convidado para os debates sobre hidrovias, eclusas e sobre o Corredor Centro-Norte de desenvolvimento”, disse.
Martorelli destacou também outras ações do governo estadual que complementam a navegabilidade no Rio Tocantins. “Estamos implantando o Porto Fluvial de Praia Norte, na região do Bico do Papagaio, tudo isso favorece o desenvolvimento da navegação e transporte de cargas no rio”, complementou.
(Ascom Dnit / Fórum Carajás, 12/06/2009)