Para capitão dos bombeiros, incêndio pode ser criminoso, mas não haverá perícia
Um incêndio destruiu pelo menos 5% da mata que cobre o Morro de Sapucaia no final da manhã desta segunda-feira. A extensão atingida foi calculada por um dos proprietários do local – que é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) –, João Nei Santos da Silva. Ele e a esposa, Ana Juliano, revelam que a área já sofreu mais de 70 queimadas desde 2001, quando iniciou o processo no Ibama para transformá-la em RPPN. A última ocorrência foi há cerca de 20 dias. Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros de Sapucaia, Iremar Nogueira Charopem, há quatro anos a coorporação atende ocorrências no local.
O incêndio teria começado na beira do morro, segundo Silva. Ele contou que teria avistado um homem correndo próximo à estrada, logo após o início do fogo, que se alastrou rapidamente, por conta do vento a favor. Segundo o proprietário da reserva, o capim que queimou estava com cerca de dois metros de altura. "Depois de dois meses já vai estar tudo verde novamente’’, acredita. Ele disse que além do vento, outro fator que contribuiu para que o incêndio tomasse grandes proporções foram as folhas caídas de eucalipto, que, conforme Silva, possuem um óleo de alta combustão.
(Jornal NH, 15/06/2009)