As organizações sociais e não governamentais e entidades do setor público e privado têm até o próximo dia 1º de julho para se candidatarem a recursos do programa BNDES Mata Atlântica, com dotação prevista de R$ 15 milhões para o período de dois anos. Criado no mês passado, o novo programa tem o objetivo de apoiar os projetos de recuperação de matas ciliares e de áreas de preservação permanente no bioma Mata Atlântica. A primeira chamada pública prevê que será reflorestada uma área de mil hectares. Os recursos são oriundos do fundo social do banco e o financiamento é não reembolsável, isto é, a fundo perdido. “Depois de encerrada essa primeira fase, a gente reavalia e vê se continua ou parte para outro tipo de ação”, disse nesta segunda (01/06) à Agência Brasil o chefe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES, Eduardo Bandeira de Mello.
O superintendente da Área de Meio Ambiente da instituição, Sergio Weguelin, disse que o sucesso do programa poderá levar ao aumento da dotação. “Nós vamos agora ver o sucesso da iniciativa e sua implementação. E o banco pretende continuar fazendo esse processo. Ele não se encerra e nem se esgota nessa chamada”. Disse que, como se trata de recursos do fundo social do banco, a qualquer momento mais recursos podem ser alocados para outras chamadas.
“O que interessa é que o BNDES agora deu a partida a um processo de recuperação de Mata Atlântica”, disse Weguelin. Os projetos deverão apresentar, como área alvo, um mínimo de 50 hectares de extensão e máximo de 500 hectares. “A gente não quer entregar tudo para um projeto só”, afirmou o chefe do Departamento de Meio Ambiente.
São estabelecidas pelo programa algumas condições sociais. Entre elas, que a mão-de-obra para o projeto deve ser treinada e contratada na região de sua execução. Eduardo Bandeira de Mello estimou que a divulgação dos projetos selecionados nessa primeira chamada deve ser feita entre agosto e setembro próximos.
(Por Alana Gandra, com edição de Aécio Amado, Agência Brasil, 01/06/2009)