O primeiro posto de abastecimento de carros e motos com energia elétrica proveniente da luz solar no Brasil foi aberto nesta quarta (10/06) na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e é um projeto pioneiro desenvolvido pela Petrobras Distribuidora (BR). De acordo com a estatal, circulam na cidade mais da metade das 300 motos elétricas do país e cerca de 20 carros movidos a eletricidade, que poderão usar a unidade. Segundo pesquisas citadas pela empresa, o posto vai atender à demanda de veículos elétricos, com crescimento estimado de 50% ao ano.
Apesar de ser considerada uma inovação tecnológica, a energia solar do novo posto é mais cara que a gasolina ou o óleo diesel. Para rodar 60 quilômetros com gasolina, por exemplo, o motorista desembolsa cerca de R$ 15. Já para rodar o mesmo trecho com a energia solar, o custo é de R$ 30. Além disso, a energia consumida dentro de casa é mais barata que a do eletroposto. Cada quilowatt/hora (kWh) doméstico custa R$ 0,40. Na unidade, o preço é de R$ 2,60.
A vantagem de encher o tanque com energia solar, segundo o diretor da Rede de Postos e Serviço da BB, Edimário Oliveira Machado, é a redução do impacto ambiental, causado tanto pela produção da energia não renovável, como a proveniente do petróleo, quanto pela energia produzida por termelétricas e hidrelétricas, por exemplo. “Quem adquire um carro elétrico, ou uma moto, está mais preocupado com a questão ambiental do que com a questão do combustível. Aqui, será usada a energia captada do sol, de resíduo zero, impacto ambiental zero, mas que neste momento vai custar mais caro”, afirmou Machado. “No custo desse produto, está a preservação do planeta”, reforçou.
De acordo com ele, dentro de um ou três anos, à medida que o projeto for multiplicado, a energia será mais competitiva em relação à gasolina e à energia elétrica doméstica. Machado disse ainda que a empresa avaliará a procura das redes de postos para definir a instalação de novas unidades no país. Ele informou que, no Rio, em Niterói, há concentração de veículos elétricos, o que pode demandar um eletroposto na cidade.
(Por Isabela Vieira, com edição de Nádia Franco, Agência Brasil, 10/06/2009)