A China afirmou nesta terça-feira (09/06) estar comprometida em fazer da reunião de Copenhague contra o aquecimento global deste ano um sucesso, emitindo uma nota positiva ao final da visita de dois dias a Pequim do enviado do presidente Barack Obama para o clima.
O ministro das Relações Exteriores, Qin Gang, deu poucos detalhes e reafirmou a insistência da China nas "responsabilidades comuns mas diferenciadas" sob as quais os países desenvolvidos como os Estados Unidos arcariam com a maior parte da responsabilidade pela redução nas emissões de gases estufa. No entanto, Qin relatou as conversas entre o enviado de Obama, Todd Stern, e as autoridades chinesas, incluindo o vice-primeiro-ministro, Li Keqiang, como construtivas, possivelmente indicando um momento positivo para um acordo entre as duas nações. Os dois lados concordaram em "pressionar na reunião de Copenhagen por resultados positivos", disse Qin.
Até o momento, autoridades norte-americanas falharam em chegar a um consenso com a China para a redução das emissões de carbono. O país rejeitou as propostas dos Estados Unidos e da Austrália para a redução de seus níveis de emissão, negando também as demandas por diminuições em países em desenvolvimento, chamando-as de "pouco realistas". Stern não fez nenhum comentário público durante a visita, embora o Secretário Assistente de Energia dos EUA, David Sandalow, tenha dito na segunda-feira (08) que as conversas foram "frutíferas e produtivas", enquanto apontou que ainda há pontos a serem superados na agenda climática. "A China pode e vai precisar fazer muito mais se o mundo vai ter qualquer esperança de conter o aquecimento global", afirmou.
(Estadao.com.br / AmbienteBrasil, 10/06/2009)