Trocas de acusações marcaram ontem a reunião extraordinária da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa. De um lado, um grupo de colonos do assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, atribuem ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) supostas irregularidades, incluindo extorsão, cobrança de propina e desvio de verba pública em benefício do MST. Do outro, o superintendente regional do Incra, Mozar Artur Dietrich, acusa alguns assentados de arrendarem os lotes e descumprir regras definidas em Termo de Ajustamento de Conduta formalizado entre eles e o Ministério Público Federal. 'Executaremos 27 reintegrações de posse de lotes de assentados por quebra de acordo', ressaltou Dietrich. Lembrando, ainda, que os assentados que arrendaram seus lotes são alvo de 30 inquéritos administrativos. Um deles apura a prática de cárcere privado contra servidores do Incra.
Dietrich assegurou que os R$ 5 milhões oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento destinados ao Filhos de Sepé estão sendo aplicados em benefício da totalidade dos assentados. 'Todos os investimentos foram aprovados pelo Tribunal de Contas da União e da Controladoria-Geral da União', frisou.
(Correio do Povo, 10/06/2009)