(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
qualidade da água contaminação da água nanotecnologia
2009-06-09

Segredo é o uso de nanoestruturas em saquinho de chá. Por enquanto, sistema mede nível de metais no líquido

Poucas pessoas visitam a caixa d’água. Quem tem esse hábito? Para saber como está a água armazenada, só olhando. Ou com um invento que surgiu na Universidade Federal de Pernambuco. Um sensor que indica se a água de uma caixa está limpa ou não. Uma praia pode ser o lugar perfeito para explicar as nanoestruturas. É coisa de criança brincar com areia, é coisa de cientista dividir um grão milhões de vezes e, nesse tamanho, desenvolver todo tipo de pesquisa. Os materiais ganham novas propriedades, novas características. Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o desafio é transformar algo tão pequeno em instrumentos para o nosso dia a dia. O trabalho começa em um copo d’água do Departamento de Química. Mas podia ser na casa de qualquer pessoa. A preocupação é rigorosamente a mesma.

Parece um saquinho de chá, mas na verdade dentro há um sensor, capaz de dizer se a água de um determinado prédio, ou de uma casa, está poluída ou não, contaminada ou não. “A nanotecnologia dentro de um saquinho de chá, ou seja, o que normalmente um saquinho de chá tradicional faz é você liberar substâncias químicas para sentir o gosto do chá. É o contrário. A água vai ser absorvida pelo saquinho. Ou seja, o saquinho de chá vai beber a água contaminada ou não e vai nos permitir saber se essa água é própria para o consumo humano”, explica o professor Petrus Santa Cruz.

Gel
A nanomolécula, estrela do projeto, está envolvida numa espécie de gel. Ela interage com as substâncias, absorvendo-as. Bastam alguns minutos: retira-se o gel, agora encharcado, para analisá-lo com ajuda de uma luz especial. Com a utilização da radiação ultravioleta, é a luz que o gel emite. Aliás, por causa disso, a gente precisa usar óculos especiais. Para se descobrir exatamente o tipo de contaminação que uma determinada amostra de água contém nós vamos utilizar essa radiação ultravioleta. Só que muito mais concentrada, muito mais localizada.

O brilho é bonito e é exatamente a análise dessa luz que vai revelar as substâncias que estão na água. Na tela do computador surge um sinal, um registro de que algo foi descoberto. "Tudo o que eu quero saber da água está embutido dentro desse sinal. O que vai ser analisado é basicamente esse sinal”, aponta o pesquisador. O programa faz uma comparação com outros padrões e a resposta vem rapidamente. Para ninguém ter dúvida. A mensagem que aparece é essa: “aviso, concentração de ferro acima do padrão de potabilidade da água”.

Na demonstração no laboratório, a experiência foi feita com água coletada da torneira da universidade - tubulação de ferro, antiga. Mas o mesmo experimento poderá ser utilizado em locais como rios que beiram regiões industriais. O objetivo é evitar acidentes que geram tantos prejuízos financeiros e ambientais, como vazamentos de óleo, vazamentos de produtos químicos. No lugar do saquinho de chá, o nanosensor ficaria numa fibra ótica, no rio - monitorando as águas.

“Ele vai estar fazendo essa análise permanentemente e precocemente, antes de atingir o nível máximo. Uma tendência detectada crescente antes que chegue ao limite perigoso para que sejam tomadas providências para evitá-la”, afirma o professor da UFPE. Não apenas a indústria, mas as cidades ao redor podem ser avisadas com antecedência. É um benefício e tanto, com origem tão pequena.

Só metais
Por enquanto, esse sensor desenvolvido pela UFPE só capta metais. Mas, segundo os pesquisadores, ele vai poder detectar outros tipos de poluentes como esgoto, e vai ser acessível a condomínios e prédios.

(G1, com informações do Bom Dia Brasil, 08/06/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -