O México cortará voluntariamente as suas emissões de gases do efeito estufa (GEEs) em 50 milhões de toneladas ao ano em 2012, anunciou na sexta-feira (05/06) o presidente Felipe Calderon. O país, segundo maior emissor da América Latina, responde por cerca de 1,5% das emissões globais de GEEs. O México é signatário do Protocolo de Quioto, mas não está entre os países que são obrigados a reduzir emissões sob o tratado.
Os cortes de emissões serão resultantes da adoção de medidas para melhorar a eficiência de veículos e usinas de energia e reduzir de vazamentos de gás e do flare (a chama que fica acesa em torres de refinaria, poços, etc. para queimar os gases que não podem ser aproveitados) no setor petrolífero.
A indústria petrolífera dirigida pelo Estado do México é uma grande emissora de GEEs. As emissões saltaram 25% em 2008, alcançando 54,9 milhões de toneladas, devido ao aumento da queima em flares e da ventilação do gás natural, de acordo com a empresa Pemex. A Pemex queimou mais de 1,1 bilhões de pés cúbicos de gás natural por dia em 2008, o suficiente para abastecer mais de 3,5 milhões de residências norte-americanas, devido a capacidade insuficiente para o tratamento do gás nos principais campos de petróleo.
A empresa está atualmente trabalhando para reduzir a queima em 3% da produção de gás este ano com a ampliação da capacidade para manusear o gás e planeja gastar US$ 2,4 bilhões até 2012 para cortar as emissões de plataformas em alto mar (offshore).
(Por Robert Campbell, Reuters / CarbonoBrasil, 08/06/2009)