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política ambiental brasil carlos minc
2009-06-07

Depois de ouvir do ministro ministro Carlos Minc a promessa de que não mais se envolverá pelos meios de comunicação em brigas com os colegas, a exemplo do que ocorreu com Alfredo Nascimento (Transportes), Reinhold Stephanes (Agricultura) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu de substituir o titular do Meio Ambiente. De acordo com informação de auxiliares de Lula, o presidente considera que Minc está, de fato, enquadrado, como o próprio ministro admitiu de público quinta-feira (04/06).

Dentro do governo há um alívio com o fato de Minc ter prometido parar com as brigas e os ataques públicos a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como a BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. Uma substituição de Minc a cinco meses da Conferência de Copenhague (marcada 7 a 18 de dezembro, na capital da Dinamarca) seria um desastre. Não só porque mostraria instabilidade na área ambiental do país que tem a maior floresta equatorial do planeta, mas porque o ministro é ligado aos ambientalistas de países escandinavos e da Alemanha, todos potenciais aliados da preservação da Amazônia - a Noruega, por exemplo, já doou U$ 100 milhões para o Fundo Amazônia e promete chegar a US$ 1 bilhão.

O encontro de Copenhague é considerado o mais importante da história recente, pois tem por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Kyoto, vigente de 2008 a 2012, que trata das questões climáticas e ambientais. Nos debates deverão aflorar os impasses entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento em torno das metas para a redução de emissões de gases do efeito estufa e os recentes estudos científicos sobre o aquecimento global. No governo ninguém domina mais o tema do que Minc.

Se ele admitiu, de público, que foi enquadrado por Lula, o presidente também aceitou o fato de que não tem como controlar o ímpeto midiático de seu ministro. Numa conversa com jornalistas, há dois meses, Lula disse que Minc conseguiu superá-lo na quantidade de aparições públicas e declarações. E, entre os auxiliares do Planalto, comentou que o ministro é capaz de se levantar à noite para tomar água e, ao abrir a porta da geladeira e ver a luzinha acesa, dar uma entrevista, pensando que é um holofote.

Lula, que sexta (05/06) esteve com Minc na Bahia, recomendou a ele que, se quer brigar, continue o enfrentamento com os ruralistas e com os grileiros, mas deixe os integrantes do governo de fora. E lhe disse que não tem lógica passar uma semana num bate-boca pelos meios de comunicação com um subordinado do ministro dos Transportes - o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), José Luiz Pagot. Minc disse que Pagot atacava no Congresso a legislação ambiental; o diretor do DNIT respondeu que Minc atrapalhava o progresso do País.

Ainda conforme informação de auxiliares do Planalto, Lula acha útil Minc marcar uma posição a favor da defesa do meio ambiente, porque o outro lado, o do agronegócio e dos ruralistas, também luta por suas posições. Bate-bocas já aconteceram e não atrapalharam o diálogo, a exemplo do que houve com o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, hoje amigo de Minc e adepto de programas de preservação. Há um ano o ministro disse que o governador desmataria até os Andes para plantar soja.

O mesmo tem ocorrido com a senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Minc e ela vivem num eterno bate-boca. Ao mesmo tempo, porém, têm diálogos frequentes. Minc costuma lembrar que já teve três encontros com Kátia e até ganhou presentes dela. Mas Lula mantém uma queixa a respeito de Minc. Acha-o sincero demais. Não era para ele levar uma enquadrada e contar o fato para o primeiro jornalista que encontrasse.

(Por João Domingos, O Estado de S. Paulo / IHUnisinos, 06/06/2009)


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