O emprego de um veículo elétrico para a coleta seletiva em parte da área central está entre as novidades adotadas pela Prefeitura de Gravataí para o gerenciamento dos resíduos produzidos pelos moradores. 'A iniciativa passa por testes. Estamos avaliando os melhores horários para a coleta para posteriormente estendê-la a todas as ruas e avenidas do Centro', promete o secretário de Serviços Urbanos, Juarez Fialho.
O objetivo, segundo ele, é reduzir custos e proporcionar maior aproveitamento da reciclagem de materiais. A partir das inovações, é possível triplicar, em 12 meses, o volume dos resíduos obtidos com a coleta seletiva que movimenta, em média, 10 toneladas. 'Desta forma, conseguimos ampliar o período de vida útil do Aterro Sanitário Santa Tecla, que recebe, diariamente, 300 toneladas diárias de lixo produzido em Gravataí, Cachoeirinha e Esteio', afirma. A estimativa é que, dentro de dois anos, seja necessário ampliar o espaço de armazenamento. A medida representaria um acréscimo de três anos e meio de vida útil do Santa Tecla.
O secretário revela que o local propicia a geração de emprego e renda para cerca de 50 famílias que trabalham na separação, na triagem e na prensa dos resíduos realizados no galpão de reciclagem. Além de proteger o meio ambiente, o trabalho garante o sustento, já que depois de prensados os materiais são vendidos. Cada família fatura, em média, dois salários mínimos mensais.
O secretário de Gravataí ressalta que o aterro é dotado de tecnologia capaz de preservar a área onde está instalado, bem como tratar adequadamente os resíduos ali depositados. 'Investimos na recuperação da área degradada com o lixão, de acordo com a legislação ambiental', frisa. Segundo ele, a recuperação da área com tratamento do gás metano e do chorume é exemplo para as demais cidades brasileiras. O Santa Tecla possui quatro bacias de decantação para tratamento aeróbico do chorume drenado, através de tubulação e dezenas de chaminés que são utilizados para a queima de gases.
(Correio do Povo, 05/06/2009)