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áreas protegidas desmatamento
2009-06-05

A proteção de áreas ecologicamente importantes no mundo tem aumentado nos últimos anos, o que amplia a chance de as futuras gerações terem a oportunidade de conhecer diferentes ecossistemas. E o Brasil tem parcela relevante neste avanço, segundo pesquisadores dos Estados Unidos em artigo publicado na revista "Biological Conservation". O estudo concluiu que 12,8% das terras do planeta estão protegidas hoje, pelo menos no papel. Em 1985, a quantidade era bem menor (3,48%).

A proteção pode se dar por meio da criação de parques e reservas. As classificações podem ser mais ou menos restritivas - do total de 12,8% protegidos, 5,8% estão sob proteção integral (que permite pouca intervenção do homem). E os cientistas afirmam que "74% da área protegida desde 2003 está no Brasil, algo expressivo para um único país". Com exceção do Brasil, a análise mostra que as áreas protegidas têm crescido a uma taxa baixa desde 2003.

Para Clinton Jenkins, da Universidade de Maryland e um dos autores do estudo, a pesquisa traz um pouco de otimismo para este Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quinta-feira (05/06). "Definitivamente, há mais terra em áreas protegidas hoje do que nunca, pelo menos no papel", afirma. O autor, porém, sabe que ainda há muito a fazer. "Ainda existem muitos desmatamentos na Amazônia, vários deles ilegais. Mas as áreas protegidas começam sua vida no papel e, recentemente, o Brasil tem criado mais do que ninguém." Para que haja sucesso no futuro, diz, é necessário dar apoio público e recursos suficientes para essas zonas protegidas.

Adriana Ramos, do ISA (Instituto Socioambiental), também ressalta a importância de o país implementar as unidades de conservação criadas. Segundo ela, é preciso ficar atento para "a pressão a que elas estão submetidas pelo lado de fora". "Não dá para pensar em sustentabilidade mantendo as áreas de proteção estritamente conservadas, como ilhas, mas tendo uma ação totalmente predatória do lado de fora. A gente tem que buscar um equilíbrio maior", diz. Ela também afirma que é necessário avaliar a situação de cada bioma brasileiro, pois há um desequilíbrio entre eles no quesito proteção. "Há biomas que são realmente bem subrepresentados do ponto de vista de proteção, como o cerrado", afirma.

Longe da meta
Pela Convenção da Diversidade Biológica das Nações Unidas, existe uma meta definida pelos governantes de proteger 10% de todas as regiões ecológicas até 2010. Apesar de ter ocorrido um avanço neste sentido, o autor do estudo não acredita que a meta será atingida para todos os ecossistemas avaliados dentro do prazo. De 14 regiões analisadas, seis ainda estão abaixo da meta. As pradarias de clima temperado, por exemplo, estão aquém do objetivo (somente 3,9% estão protegidos). Segundo Jenkins, esse é um bioma difícil de proteger porque a terra é muito apropriada para a agricultura. As florestas mediterrâneas também têm situação delicada (7,3% de proteção). "É uma área que tem sido muito ocupada por pessoas, o que também dificulta a preservação", diz. Já as florestas de coníferas de ambientes temperados apresentam a maior proteção (25%).

Lucas Joppa, da Universidade Duke e coautor do estudo, iniciou outra pesquisa para avaliar, agora, como está a proteção dos biomas por país.

(Folha Online / AmbienteBrasil, 05/06/2009)


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