Uma trilhadeira foi queimada pelos manifestantes na manhã de ontem (04/06)
A cidade de Espumoso, no norte do Estado, parou hoje por causa de um ato promovido no centro da cidade. Desde as 9h, cerca de 2 mil pessoas foram até a área central e, usando máquinas agrícolas, impediram o trânsito de veículos. As quatro agências bancárias da cidade foram fechadas e parte do comério local não funcionou em solidariedade aos manifestantes.
Em um ato simbólico, os agricultores queimaram uma trilhadeira. Coordenado por cerca de 25 prefeitos da Associação dos Municípios do Alto da Serra do Botucaraí (AMASBI) e da Associação dos Municípios do Alto Jacuí (AMAJA) e pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (FETAG), o ato cobra dos governos estadual e federal ajuda para minimizar os estragos provocados pela estiagem.
De acordo com o vice-prefeito de Campos Borges, Dércio Gonzatti (PMDB), que participou da manifestação, a arrecadação do município deve diminuir até 20% por causa dos prejuízos causados pela falta de chuvas.
Outros protestos no Interior:
Em Tenente Portela, dezenas de pessoas se reuniram na frente de agências bancárias da cidade para protestar pela renegociação das dívidas dos produtores rurais. Os manifestantes distribuirão panfletos com suas reivindicações até as 16h.
Coronel Bicaco e Palmeira das Missões também estão com produtores rurais em protesto no centro da cidade. As agências bancárias são o ponto de reunião dos manifestantes, que entregam panfletos sem prejudicar o atendimento nos bancos.
Em Sananduva, cerca de 500 manifestantes estão em frente às agências do Banco do Brasil e do Banrisul. O protesto iniciou por volta 5h30min. Os agricultores colocaram sacos de sementes na entrada dos bancos, mas após negociação com a Brigada Militar, as agências foram desobstruídas. Por volta das 10h, cinco bancos do município (Banco do Brasil, Banrisul, Caixa Econômica Federal, Sicredi e Cresol) suspenderam o atendimento aos clientes, mantendo somente os caixas-eletrônicos operando.
Em Erechim, aproximadamente 500 manifestantes estão em frente ao Banco do Brasil. Na houve conflitos. Já em Sarandi, cerca de 300 pessoas fazem protesto em frente à agência do mesmo banco.
(Zero Hora, 04/06/2009)