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geração de energia fontes alternativas crescimento econômico
2009-06-04

Estudo da União Européia mostra que além de ser uma das formas de reduzir as emissões de dióxido de carbono, investir em novas energias aumentaria o Produto Interno Bruto do bloco e geraria 410 mil postos de trabalho

O Departamento de Energia da Comissão Européia publicou nesta semana o que pode ser considerado o estudo definitivo sobre os impactos de se investir com seriedade em energias renováveis. A pesquisa demonstrou que se o bloco atingir sua meta de ter em 2020 um quinto de sua energia proveniente de fontes renováveis, o PIB dos 27 países membros cresceria 0,24% e seriam gerados 410 mil empregos. 

A Comissão apresentou esse plano de metas em 2008, com o objetivo de combater as mudanças climáticas e reduzir a dependência européia das importações de gás e petróleo. Porém, muitos países membros foram contrários a essas políticas ambientais, alegando que elas seriam dispendiosas demais e que colocariam postos de trabalho em risco em um momento de crise econômica.

Agora, o estudo “O impacto das políticas de energia renovável no crescimento econômico e empregos na União Européia” pode mudar essa linha de pensamento, ao demonstrar que a transição para fontes mais limpas vai criar benefícios econômicos, climáticos e de segurança energética. “É de imenso valor essa confirmação que o aumento da participação das fontes renováveis no nosso fornecimento de energia não prejudica a economia, mas que realmente traz benefícios, aumentando o PIB e os empregos”, afirma o relatório.

De acordo com o estudo, ao atingir a meta, a União Européia criaria um total de 2,8 milhões de empregos, mas ao custo da perda de outros 2,4 milhões de postos de trabalho tradicionais. Dessa forma, o saldo seria positivo, com 410 mil empregos criados. Sendo que, quase dois terços deles em empresas de pequeno ou médio porte. O relatório partiu do princípio que o preço do barril de petróleo subiria para US$ 100 até 2020 e os créditos de carbono sob o Esquema de Comercio de Emissões da União Européia chegariam a US$ 48,30 por tonelada, sendo que hoje estão em pouco mais US$ 20.

Energia mais barata
“Esta é maior análise já realizada sobre empregos que eu vi em muitos anos”, afirmou Christian Kjaer, chefe executivo da Associação de Energia Eólica da Europa. “Imagino que terá grandes impactos.” Segundo o estudo, a previsão do ganho no PIB é de 0,11% a 0,14% em 2020 sob o atual cenário, mas pode ser de até 0,24% se for alcançada a meta das energias renováveis. O documento também mostra que os preços da energia ficariam cerca de 7% menores que os atuais. “Essa queda é algo que a indústria das novas energias vem tentando dizer há anos”, declarou Kjaer.

Atualmente a Alemanha é o país que mais tem benefícios com as energias verdes, com quase um quarto dos 1,4 milhões de empregos que o setor já possui na Europa. Outros grandes favorecidos são a Finlândia, Suécia e Letônia que utilizam muito a energia gerada pela queima da biomassa. Esse tipo de energia é responsável por uma grande criação de empregos, pois sua cadeia começa já no cultivo dos alimentos ou na coleta de lixo que fornecem os resíduos que são usados como combustível.

Ainda melhor
O estudo deixa claro que investir em renováveis não é apenas uma questão de se preservar o meio ambiente e combater às mudanças climáticas, mas sim um excelente negócio para empresas e governos. Além disso, o relatório ressalta que a prevenção de muitas das conseqüências das mudanças climáticas geraria uma série de benefícios econômicos que ainda são subjetivos demais e que por isso não foram incluídos no estudo.

(Por Fabiano Ávila, CarbonoBrasil, 03/06/2009)


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