A China pretende economizar 75 terawatt/hora de energia por ano, o equivalente a 75 milhões de toneladas de dióxido de carbono, com o incentivo da eficiência energética em ar-condicionados e outros aparelhos domésticos. O governo planeja aumentar a fatia de mercado destes aparelhos para mais de 30% até 2012 ao subsidiar as vendas, anunciou a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reformas.
Os aparelhos incluem ar-condicionado, refrigeradores, máquinas de lavar, televisores de tela plana, fornos micro-ondas e eletromagnéticos, aquecedores de água, telas de computador e motores elétricos. Acredita-se que a China seja o maior emissor mundial de dióxido de carbono. O país está desenvolvendo um plano climático a longo prazo que terá como foco o aumento da eficiência energética, o desenvolvimento de tecnologias de ‘carvão limpo’ e a expansão das florestas para absorção do carbono.
A comissão detalhou a gama de fabricantes e tipos de ar-condicionado que receberiam subsídios de 300 yuan (US$ 44) até 850 yuan por aparelho em Pequim, medida que isolada pode economizar 6 terawatt/hora de energia ao ano se a sua fatia de mercado subir para mais de 30% em relação aos atuais 5%.
Um terawatt equivale a um trilhão de watts. A China ainda tem que detalhar subsídios para outros bens domésticos. O ar-condicionado consome 20% da energia na China e equivale a quase 40% do uso durante o horário de pico no verão nas cidades, de acordo com a comissão. A China produziu mais de 70 milhões de aparelhos de ar-condicionado em 2008 e mais de 40% deles foram exportados. Além disso, o país produziu aproximadamente 200 gigawatts em motores elétricos e mais de um quarto foi exportado.
Os motores elétricos e os sistemas que eles movem consomem 60% da produção de energia chinesa, mas menos de 2% dos motores vendidos no mercado doméstico são eficientes energeticamente.
(Por Jim Bai e Chen Aizhu, Reuters / CarbonoBrasil, 02/06/2009)
Traduzido por Fernanda B Müller