O Grupo Pão de Açúcar, o Carrefour e o Wal-Mart, três grandes redes de supermercados citadas no relatório do Greenpeace como consumidoras de produtos gerados a partir da devastação da Amazônia, enviaram notas à imprensa reafirmando compromissos com o meio ambiente e com a legislação ambiental. O Greenpeace diz que o gado da Amazônia é o maior propulsor de desmatamento do mundo, e acusa grandes produtores e exportadores de carne e derivados de avançar sobre a floresta. Esses produtores seriam também fornecedores de grandes redes varejistas.
O Pão Açúcar, em sua resposta, afirma manter "vários mecanismos e ações como forma de coibir o comércio de produtos ligados às cadeias produtivas da pecuária que não cumpram legislações trabalhistas e ambientais". "Em relação ao fato apontado pelo Greenpeace, a empresa informa que já convocou seus fornecedores para esclarecimentos a respeito das alegações", diz a nota.
O Carrefour, por sua vez, afirma que só comercializa produtos provenientes de contratos que "seguem rigidamente as formalidades legais, exigidas pelas entidades reguladoras". O grupo acrescenta que "está sempre disposto a dialogar no sentido de aprimorar suas práticas sustentáveis". Já o Wal-Mart informa que "considera muito graves as acusações do relatório do Greenpeace sobre a Amazônia", acrescentando que "vai cobrar imediatamente esclarecimentos das redes de frigoríficos do Brasil".
(O Estado de S. Paulo, 01/06/2009)