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crise energética emissões de co2
2009-06-02

Depois de um período de forte crescimento, os investimentos em fontes limpas devem registrar em 2009 uma queda de 38% com relação ao ano passado, estima a Agência Internacional de Energia (AIE)

Dados preliminares do primeiro trimestre deste ano mostram que os recursos destinados para fontes limpas estão 42% abaixo do que foi registrado no último trimestre de 2008. A previsão da AIE é de fechar 2009 com um total de US$ 51 bilhões aplicados em renováveis, contra US$ 80 bilhões em 2008, uma queda de 38%.

A AIE levou em conta o atual ritmo de investimentos no setor, os dados do FMI com relação aos Produtos Internos Brutos mundiais e a indicação de que os combustíveis fósseis se manterão no atual patamar de preços. A queda agora em 2009 chega depois de uma significante alta nos últimos anos dos investimentos em novas energias. O recorde de crescimento se deu em 2007, quando foi registrado um aumento de 85% no setor.

“As atividades e projetos em energias renováveis cresceram continuamente até o último quarto de 2008. Porém a partir do agravamento da crise financeira mundial, com a diminuição da circulação do capital e a queda dos preços dos combustíveis fósseis, houve uma natural redução dos investimentos”, afirmou a AIE.

O setor de eólicas foi o que mais sofreu com a diminuição dos investimentos. Novos pedidos por turbinas já apresentavam queda em 2008, caindo de quase 15 gigawatts (GW) no segundo quarto do ano para apenas 2GW no último quarto. Houve um incremento para 4GW no começo de 2009, mas ainda está bastante aquém do que era previsto antes da crise. A AIE afirmou que os resultados são particularmente ruins para Estados Unidos e China, com a União Européia ficando um pouco mais estável.

A Agência também informou que grandes fazendas eólicas, que constituem alguns dos projetos mais caros e arriscados em renováveis, sofreram um forte golpe, com companhias como a britânica Centrica e a norte-americana FPL Group cancelando alguns desses projetos. “Muitos projetos eólicos dependem demais de financiamentos que estão cada vez mais difíceis de encontrar e que são considerados de alto risco pelos investidores tradicionais”, afirmou a AIE.

A energia solar também já apresentava queda no fim de 2008, o que se acentuou no primeiro quarto de 2009. “A maior parte da queda pode ser atribuída à redução das estimativas de expansão do mercado solar espanhol, que anunciou que deve crescer apenas 500MW em 2009, contra mais de 2500MW em 2008”, disse a AIE, que declarou ainda que a construção de usinas solares de grande porte se tornou um desafio quase intransponível em inúmeros mercados.

Finalmente, a AIE alertou que o total de investimentos em renováveis está ficando bem atrás da meta anual de US$ 180 bilhões. Esse valor seria o mínimo necessário para que em 2030 a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera não ultrapassasse as 450 partes por milhão, o que poderia evitar as piores conseqüências das mudanças climáticas.
 
Não pode parar
A queda dos investimentos detectada pela AIE foi divulgada durante um encontro de ministros de energia dos oito países mais ricos do mundo (Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) em Roma, onde foram discutidas estratégias conjuntas para combater as mudanças climáticas, assim como a promoção de novas formas de energia.

“A atual crise não pode atrasar os investimentos e os projetos já programados para o setor de energia, tão essenciais para a própria recuperação econômica. Nós pedimos aos governos e às companhias de energia que adotem uma visão de longo prazo quando planejarem seus investimentos em energia”, afirma a declaração final do encontro. O documento ainda traz a intenção dos países de criar uma plataforma tecnológica de baixas emissões para garantir fontes de energia seguras e abundantes e como uma das soluções para o aquecimento global.

(Fabiano Ávila, Environment finance / CarbonoBrasil, 01/05/2009)


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