Após o segundo teste atômico realizado esta semana pela Coreia do Norte, autoridades dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão firmaram, neste sábado (30), uma via multilateral para conter a ameaça das ambições nucleares. O acordo foi feito pelo secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, e por seus colegas sul-coreano, Lee Sang-hee, e japonês, Yasukazu Hamada, depois de reunião na conferência asiática de segurança realizada em Cingapura.
Na ocasião, cada um dos ministros leu um breve comunicado no qual reafirmou seu compromisso de trabalhar junto com os outros, em uma frente comum para conseguir o objetivo de desmantelar as armas nucleares da península coreana, uma ameaça para a paz e a segurança na região. "Se a Coreia do Norte pensa que desta vez vai ser recompensada por seus erros, está completamente enganada", afirmou Lee.
Não participaram do pronunciamento representantes de China e Rússia, os outros dois países que, além da Coreia do Norte, fazem parte das conversas de seis lados sobre o problema atômico coreano.
Novo míssel
Movimentos detectados em instalações militares levam a crer que a Coreia do Norte está preparando o lançamento de um míssil intercontinental, dizem fontes anônimas citadas pela agência sul-coreana Yonhap. As fontes da Yonhap asseguram que a Coreia do Sul dispõe de imagens de satélite de um trem de carga que transporta algo que poderia ser um míssil de longo alcance nas cercanias de Pyongyang.
Segundo a Yonhap, a preparação para o lançamento levaria uns dois meses, mas um especialista assinalou que o processo poderia ser finalizado em duas semanas, e o lançamento poderia ocorrer em meados de junho.
(Folha Online, 30/05/2009)