A União Europeia (UE) reduziu suas emissões de gases de efeito estufa em 1,6% em 2007 em relação ao ano anterior, e em 4,3% desde 1990, informou a Comissão Europeia nesta sexta-feira (29). O Executivo do bloco comemorou aquele que já é o terceiro corte anual consecutivo de suas emissões, apesar de a UE ainda estar a meio caminho de conseguir a redução de 8% --à qual se comprometeu ao assinar o Protocolo de Kyoto-- para o período 2008-2012. Espanha e Grécia foram os dois únicos países dos antigos 15 que, em vez de cortar suas emissões em relação a 2006, aumentaram-nas (2,1% e 2,9%, respectivamente).
Os dados publicados hoje foram feitos pela Agência Europeia de Meio Ambiente (EEA, na sigla em inglês) e incluem números globais sobre as emissões de gases do efeito estufa dos antigos membros da UE e daqueles que se incorporaram desde 2004. O número para o conjunto dos 27 países-membros é a redução de 1,2% em 2007 em relação ao ano anterior, e de 12,5% em comparação com o ano base de referência (que em alguns países difere de 1990). Desde 1990, o corte é de 9,3%.
A organização ambientalista Greenpeace avaliou os resultados e explicou que a UE está no caminho de cumprir suas obrigações de Kyoto --mas apontou que ainda está longe de conseguir as reduções necessárias para deter a mudança climática. O comissário europeu do Meio Ambiente, Stavros Dimas, reconheceu em comunicado que parte da redução se deve às condições meteorológicas, mas afirmou que também há base nas ações realizadas por indústrias pesadas --como a do ferro e do aço.
O Protocolo de Kyoto não prevê objetivos para os 12 últimos países que se incorporaram à UE (em 2004 e 2007), porque o acordo foi assinado quando ainda não eram membros, mas todos estes estados --exceto Chipre e Malta-- contraíram compromissos equivalentes de redução que variam de 6% a 8% de redução em relação ao ano base.
(Folha Online, 29/05/2009)