Desde março deste ano professores e alunos da UFRGS analisam a cultura do pínus nos municípios de Mostardas, Palmares, Rio Grande e São José do Norte. Segundo o professor e coordenador do projeto Arthur Fett-Neto, a pesquisa visa estudar as influências positivas e negativas do cultivo de pínus sobre o meio ambiente dessas regiões.
“Nós vamos investigar a questão do seqüestro de carbono feito pelas florestas de pínus, que é importante para reduzir o efeito estufa. A outra questão seria investigar sobre a inibição do crescimento de outras plantas pelo pínus que se chama efeito alelopático e, nesta mesma linha, saber qual das espécies consegue conviver com o pínus sem maiores problemas”, enfatiza.
Entre os possíveis danos ao ambiente estudado pela equipe de pesquisadores, ressalta-se o potencial invasor da espécie e sua capacidade de inibir o crescimento de outras plantas. Para isso, enfatiza Arthur, a equipe analisa a dispersão das sementes e a viabilidade dessas árvores de competir com a vegetação natural.
“O pínus é considerado uma espécie invasora, então queremos quantificar essa questão da dispersão das sementes. Esses efeitos variam muito de região para região. Por isso achamos interessante ter esses dados obtidos realmente naquela região onde o pínus atualmente plantado que é o litoral. São áreas marginais onde outras culturas não conseguem se desenvolver porque o solo é pobre, mas que o pínus consegue”, salienta.
A previsão é de que o projeto dure cerca de dois anos e seus resultados servirão de base para novos estudos sobre florestamento, assim como para a cultura do eucalipto no estado gaúcho.
(Por Joel Felipe Guindani, Agência Chasque / IHUnisinos, 28/05/2009)