Os procedimentos de manuseio de equipamentos com material nuclear poderão ser revistos, depois do vazamento de produto radioativo na usina nuclear Angra 2. O diretor de radioproteção e segurança nuclear da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Laércio Vinhas, disse ontem que, dependendo da avaliação do acidente, as exigências poderão ser ampliadas. "Será feita uma avaliação dos procedimentos, que, se necessários, serão revistos, e o treinamento será intensificado", afirmou, ao participar de almoço no Clube de Engenharia, no Rio.
O vazamento ocorreu dia 15. Um funcionário que fazia a limpeza de um equipamento em uma sala de descontaminação de Angra 2 esqueceu uma porta aberta e houve circulação de material radioativo. Quatro pessoas foram contaminadas. De acordo com o diretor de gestão do meio ambiente da Eletronuclear, Pérsio Jordani, os quatro funcionários contaminados retornaram ao trabalho nesta quinta (28/05), e continuam sendo monitorados, passando por constantes baterias de exames. Segundo Jordani, o vazamento não trará empecilhos para a construção de Angra 3, que aguarda licença de uso do solo da prefeitura de Angra dos Reis para o início das obras.
(FolhaNews / Valor Econômico, 29/05/2009)