(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
PAC
2009-05-29

A avaliação do governo federal é de que 91% das grandes obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estavam em ritmo satisfatório até dezembro do ano passado. O quadro de execução muda de cara, porém, quando as pequenas, mas numerosas, obras de saneamento e habitação entram no balanço. Segundo levantamento da organização não governamental (ONG) Contas Abertas, com base em relatórios da Casa Civil , contendo todo o conjunto de 10.914 empreendimentos do programa em todos os Estados, apenas 3% foram concluídos após dois anos do programa, enquanto 74% das obras nem foram iniciadas.

Em valores, os empreendimentos concluídos somam R$ 47,7 bilhões, 7,3% do total de R$ 646 bilhões previstos para o PAC, segundo o Contas Abertas. A maior parte deles está no Estado do Rio de Janeiro, R$ 16,7 bilhões, por conta principalmente dos investimentos da Petrobras na compra de três plataformas e na construção de um terminal de gás natural liquefeito (GNL), um aporte total de R$ 11,4 bilhões. No balanço geral do PAC, apresentado pelo governo federal em fevereiro deste ano, considerando as 2.378 principais obras, excluídas as áreas de saneamento e habitação, os resultados se mostravam mais positivos, com 11% das obras concluídas - 270 obras com um investimento realizado de R$ 48,3 bilhões -, 80% sendo executadas em ritmo adequado, 7% em atenção e 2% em situação preocupante.

Apesar de não serem incluídos nesse balanço, os projetos de saneamento e habitação representam 90% do programa em quantidade. São 9.838 empreendimentos, dos quais 7.560 não tiveram a execução de obras iniciada. Uma das maiores dificuldades encontradas no setor de saneamento logo no início do PAC foi a falta de projetos executivos, o que até hoje tem atrasado a liberação de empréstimos para o setor. Segundo a Casa Civil, os projetos de saneamento e habitação são considerados em um balanço à parte, porque, diferentemente das outras áreas, as obras foram selecionadas ao longo de 2007, o que permitiu que a execução começasse apenas em meados de 2008. "Estados e municípios tinham dificuldades de investir nestes setores, o que resultou na carência de projetos em condições de serem executados em curto prazo", esclarece nota da assessoria do ministério.

A nota também diz que a Casa Civil considera inapropriado considerar a quantidade total de obras do PAC no levantamento, em vez dos valores dos empreendimentos concluídos. "Pelo critério adotado, uma pequena obra de saneamento no município de Vilhena, em Rondônia (R$ 33,9 mil) tem o mesmo peso da hidrelétrica de Santo Antonio (R$ 4,7 bilhões), por exemplo", diz a nota. O próximo balanço quadrimestral do PAC será divulgado no dia 3 de junho, segundo informação da Casa Civil.

Nas áreas de logística e energia, os números são um pouco melhores. Todos os empreendimentos - 431 de logística e 645 de energia - já estão contratados, mas 45,6% das obras não foram iniciadas. Em andamento, estão 36,4%. Infraestrutura energética é a área que possui maior número de obras concluídas, 147 - inclui os investimentos da Petrobras. No setor de logística, que engloba rodovias e portos, por exemplo, apenas 46 obras foram entregues, o que representa 11% do total. "São vários os problemas identificados, desde entraves com licenciamento ambiental, atrasos nas licitações por conta de recursos das empresas, paralisação por ordem do TCU [Tribunal de Contas da União], à falta de projetos e de capital de giro das empresas", diz Gil Castello Branco, consultor do Contas Abertas.

Considerando a localização do empreendimento, o grupo com melhor execução é o regional, com obras que abrangem mais de um Estado. Ao todo são 105 obras com um valor de investimento concluído de R$ 8,3 bilhões, o que em quantidade representa 14,3% do total. Há 65,7% de obras não iniciadas, porém. Um exemplo é o trem de alta velocidade que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro, ainda em fase preparatória.

São Paulo é o Estado que tem maior valor executado, com R$ 4,8 bilhões investidos num total de 39 obras entregues. Mesmo assim, o Estado ainda não iniciou 69% dos seus 1.051 empreendimentos. Exemplos deles são projetos para o aeroporto de Viracopos, na cidade de Campinas, e para o aeroporto internacional de Guarulhos. Outros Estados com ritmo mais forte de investimento são Rio Grande do Sul, com 15 obras concluídas, no valor de R$ 3,4 bilhões, e Bahia -16 obras de R$ 2,6 bilhões. Os dois Estados possuem, no entanto, 615 e 917 obras no total, respectivamente. Não foram iniciadas 75,6% no Rio Grande do Sul e 79,9% na Bahia. Na lanterninha, está o Distrito Federal, com apenas uma das 30 obras finalizada e investimento feito até agora de R$ 14,4 milhões.

(Por Samantha Maia, Valor Econômico, 29/05/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -