O presidente do Ibama, Rômulo Melo, considera inaceitável a redução da área da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia. Proposta neste sentido está contida no projeto de lei 2776/00, do deputado Confúcio Moura (PMDB-RO), que foi discutida hoje na Comissão da Amazônia e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados. A audiência abordou a ocupação irregular de terras em unidades de Conservação da região da Amazônia. O representante do Ibama argumenta que a política para a Amazônia é de expansão das áreas protegidas. Criada em 1988, a Floresta Nacional do Bom Futuro é uma unidade de desenvolvimento sustentável, com perspectivas de exploração florestal. De acordo com Rômulo Melo, a alternativa para a área seria a realização de parceria com o Incra e o governo estadual e a criação de um novo assentamento das pessoas que lá residem. Ele reconhece que há uma situação concreta de ocupação irregular de uma área federal protegida, com famílias que enfrentam problemas sociais, de ocupação da terra, e com perspectiva de especulação. O relator do projeto, deputado Sérgio Carvalho (PSDB-RO), discorda do presidente do Ibama. Para ele, a transferência dos moradores da floresta é inviável. Ele assinala que lá existem mais de duas mil famílias.