As emissões globais do principal gás do efeito estufa, o dióxido de carbono (CO2), saltarão mais 39% até 2030 se não forem adotadas novas políticas e pactos para cortar a poluição global, disse a principal agência de energias dos Estados Unidos na quarta-feira.
Aproximadamente 200 países devem se encontrar até o final do ano em Copenhague para construir um novo acordo global para controlar as emissões de gases do efeito estufa (GEEs), substituindo o Protocolo de Quioto que expira em 2012. O Presidente Barack Obama e líderes tanto da Casa Branca como do Senado esperam regular o CO2 nos Estados Unidos através de um esquema de limite e comércio de emissões.
Sem um novo acordo para incentivar as tecnologias emergentes, como a energia solar e eólica e a captura e armazenamento de carbono, as emissões mundiais do gás devem alcançar 40,4 bilhões de toneladas em 2030. Em 2006, 29 bilhões de toneladas de CO2e foram emitidas, anunciou a Administração da Informação Energética, um braço estatístico do Departamento de Energia dos Estados Unidos. Muitos cientistas dizem que as emissões de GEEs devem ser cortadas em 80% ou mais até 2050 para evitar mudanças climáticas mais violentas.
Grande parte do crescimento nos níveis de poluição deve vir dos países em desenvolvimento, como China e Índia. Até 2030, as emissões dos países em desenvolvimento devem alcançar 25,8 bilhões de toneladas, enquanto a poluição dos países ricos deve ser de 14,6 bilhões de toneladas, alegou a AIE.
Os Estados Unidos são o segundo maior emissor de GEEs, atrás da China, mas a sua emissão per capita é quase cinco vezes maior que a da China. Os países em desenvolvimento argumentam que os ricos são os grandes responsáveis pela poluição de GEEs desde a Revolução Industrial.
(Timothy Gardner, Reuters / CarbonoBrasil, 27/05/2009)
Traduzido por Fernanda B Müller