A direção do Parque Nacional de Foz do Iguaçu, no Paraná, já tem em mãos uma proposta para controlar o movimento de carros no trecho da BR 469 que corta o parque. O documento, intitulado “Proposta Operativa para a Diminuição do Fluxo de Veículos no Parque Nacional (Parna) do Iguaçu”, foi entregue ao chefe da unidade, Jorge Pegoraro, pelo presidente do Conselho Municipal de Turismo de Foz de Iguaçu (Comtur), Paulo Angeli, e pelo secretário de Turismo, Felipe Gonzales.
Elaborado pelo Comtur, o documento é resultado de uma reunião entre o prefeito de Foz de Iguaçu, Paulo Mac Donald Ghisi, e o diretor de Unidades de Conservação de Proteção Integral do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ricardo Soavinski. O encontro aconteceu no início do mês e teve o objetivo de encontrar uma solução para o grande volume de veículos que trafegam pela BR 469, via de acesso às Cataratas do Iguaçu. A atenção sobre o tráfego aumentou após o atropelamento e morte de uma onça-pintada, ocorrida na rodovia no dia 28 de março.
Segundo o chefe da unidade, o documento com 11 propostas para diminuir o fluxo geral de automóveis, será analisado pelo corpo técnico do ICMBio, órgão gestor do Parque Nacional do Iguaçu. “Em breve vamos dar um parecer”, afirma Pegoraro. Entre as propostas, estão o cadastramento de todos os veículos, incluindo moradores, fornecedores e funcionários do Parque; a criação de mecanismos financeiros que visem compensar o impacto que esse transporte possa causar no meio ambiente; e a promoção de cursos e treinamento para motoristas sobre direção defensiva.
Histórico
Desde 2000 quando foi feita a revitalização da área de uso público, a interdição do tráfego de veículos de turismo dentro do Parque vem sendo discutida. Na época foi implantado o atual sistema de transporte, no qual o visitante é levado por ônibus até o atrativo, proibindo a entrada de automóveis particulares.
Com a concessão do prédio do Hotel das Cataratas para o grupo Orient Express, ficou definido, através de edital, que o transporte dos hóspedes do portão de serviços do Parque até o hotel seria de responsabilidade do concessionário. A restrição foi adiada até a conclusão do estudo apresentado pelo Comtur. O conselho argumenta que a restrição sobre os veículos de turismo – vans, taxis e ônibus – pode ter impacto negativo na economia de Foz do Iguaçu.
(Por Priscila Galvão, Ascom ICMBio, 25/05/2009)