A próxima reunião ambiental das 40 maiores cidades do mundo acontecerá em São Paulo, no ano de 2011. A informação foi dada pela Secretaria de Comunicação da prefeitura na quarta-feira (20/05), em comunicado. O anúncio também foi feito na quarta em Seul, na Coreia. O atual presidente do C40 (David Miller, prefeito da cidade de Toronto, no Canadá) indicou a capital paulistana durante a cerimônia de encerramento da conferência que, nos últimos três dias, debateu políticas públicas de combate às mudanças climáticas. A capital paulista concorria à indicação com o Rio de Janeiro, Buenos Aires (Argentina), Bogotá (Colômbia) e Amsterdã (Holanda).
A reunião do C40 em São Paulo será a quarta edição da conferência, que acontece a cada dois anos. Os encontros anteriores foram em Londres (2003) e Nova Iorque (2005), além do que foi encerrado na quinta na capital coreana. "Estejam seguros de que aproveitaremos essa oportunidade para reafirmar nosso comprometimento com as estratégias e objetivos do C40. Somos conscientes do dever de contribuir para a disseminação dos ideais de sustentabilidade e levamos a sério esse compromisso", disse o prefeito paulistano na conferência. Além da prefeitura de São Paulo, entre as participantes do evento estiveram Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília.
Compromissos
Na chamada "Declaração de Seul", adotada ao término desta cúpula internacional de três dias, os representantes destas urbes prometeram trabalhar juntos para conseguir "cidades com baixos níveis de carbono", como parte de seu compromisso contra a mudança climática. Não houve metas divulgadas, no entanto. As grandes cidades que enviaram representantes a Seul consomem 75% da energia mundial e são responsáveis pela emissão de 80% dos gases do efeito estufa, apesar de ocupar apenas 2% do território mundial.
Segundo a declaração, em 2030, mais de 66% população mundial viverão nas cidades --daí a necessidade de se comprometer a estabelecer e executar medidas contra a mudança climática. Durante a terceira edição da cúpula, foi estudada a ameaça da mudança climática para o planeta e a necessidade de agir para combatê-la. Na inauguração do encontro, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton advertiu para as graves consequências de não agir imediatamente para reduzir em 80% as emissões de gases do efeito estufa até 2050.
(Efe / Folha Online, 21/05/2009)