A Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou que sua diretoria homologou, em reunião realizada nesta quarta (20/05), a decisão de negar pedido da Petrobras para prorrogação de prazos exploratórios de blocos do pré-sal na Bacia de Santos. A decisão foi tomada na semana passada e homologada hoje, conforme o procedimento habitual da ANP, de aprovar na reunião semanal de diretoria a ata do encontro anterior. O pedido de prorrogação de prazos foi feito pela Petrobras no final do ano passado, em um pacote que incluiu 70 concessões.
No caso do pré-sal, a estatal queria mais quatro anos para os blocos BM-S-8 (onde está a descoberta de Bem-Te-Vi), BM-S-9 (Carioca e Guará), BM-S-10 (Parati), BM-S-11 (Tupi e Iara) e BM-S-21 (Caramba). Todos estão com planos de avaliação de descoberta aprovados pela ANP, segundo os quais a Petrobras e seus parceiros se comprometem a realizar investimentos na perfuração de poços para confirmar as descobertas. A estatal argumenta que diante da escassez de sondas no mercado, o prazo é curto para que toda a extensão das concessões seja avaliada - tratam-se dos maiores blocos já licitadas pela ANP, com área de até 5,2 mil quilômetros quadrados, caso do BM-S-11.
Segundo comunicado divulgado pela agência, os prazos dos planos de avaliação estão mantidos da seguinte maneira: BM-S-9 (poço Carioca em 11/11/2011 e poço Guará em 31/12/2012); BM-S-10 (poço Parati em 31/05/2011); BM-S-11 (poço Tupi em 31/12/2010); e BM-S-21 (poço Caramba em 31/12/2012). No BM-S-8, o plano de avaliação poderá ser feito até 2010, mas a ANP garantiu mais dois anos para a perfuração de um poço contingente, que fica a critério do concessionário.
(Por Nicola Pamplona, Agência Estado, 20/05/2009)