Teve lugar na tarde desta terça (19/05), na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, uma audiência pública para debater a construção da Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu, prevista para a região Sudoeste do Paraná, cerca de um quilômetro acima do início da área protegida pelo Parque Nacional do Iguaçu. Participaram do evento representantes de entidades ambientais, setor turístico, sociedade civil organizada e lideranças políticas da fronteira e de Capitão Leônidas Marques, município que será sede da polêmica hidrelétrica, que alagará um dos últimos trechos “virgens” do maior rio paranaense.
O temor de brasileiros e argentinos que vivem águas abaixo da usina é de que uma nova represa no rio Iguaçu, que já conta com outras cinco, possa afetar negativamente o ecossistema do Parque Nacional e reduzir ainda mais a vazão das Cataratas, afetada pela modificação do ciclo natural do Iguaçu. A respeito, expuseram suas posições referentes como Jorge Pegoraro, diretor da reserva, e Irineu Ribeiro, representante regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), responsável pela liberação da obra.
Além de estudos ambientais, porém, membros do setor turístico de Foz do Iguaçu reivindicam às autoridades federais e estaduais que encomendem um estudo de impacto sócio-econômico na Terra das Cataratas, caso o cenário de danos à principal paisagem natural da fronteira seja confirmado.
A Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu terá capacidade para produzir pouco mais de 340 megawatts / hora (metade de uma única turbina de Itaipu) e será construída pelo consórcio Neoenergia, vencedor da licitação. No total, 325 famílias serão desalojadas para a formação do reservatório.
(Por Guilherme Dreyer Wojciechowski, SopaBrasiguaia.com, 20/05/2009)