Os répteis e as rãs estão em perigo na Europa, porque nada vem sendo feito para impedir a destruição de seus habitats, lamentou nesta quarta-feira (20/05) a Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia. "Mais da metade dos répteis (59%) e cerca da metade (42%) dos anfíbios da Europa estão em declínio, e mais ameaçados que os pássaros e mamíferos", observou o comissário do Meio Ambiente, Stavros Dimas, em comunicado. A Europa abriga 151 espécies de répteis e 85 espécies de anfíbios, algumas delas únicas.
Seis espécies de répteis, principalmente o lagarto de Tenerife e o das muralhas das Ilhas Eólias, assim como as rãs dos Cárpatos e o tritão de Montseny, são classificados como espécies em perigo crítico de extinção. Outros, como o sapo de barriga amarela dos Apeninos estão em perigo.
Os tritões e as salamandras pertencem à classe dos anfíbios, uma palavra de origem grega que significa "vida dupla" - referência às fases aquática e terrestre que se alternam ao longo do seu ciclo de vida. Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a viverem fora d'água e representam uma evolução extremamente importante para a biodiversidade dos ecossistemas terrestres; no entanto, ainda dependem dos ambientes aquáticos para a reprodução. Respiram pelos pulmões e por meio da pele, pelo que esta precisa estar permanentemente úmida e viscosa. Por isso vivem dentro da água ou em ambientes úmidos. Muitos deles têm costumes noturnos.
(Folha Online / AmbienteBrasil, 21/05/2009)