Até julho, o ministro Reinhold Stephanes, da Agricultura, pretende apresentar ao presidente Lula o Plano Nacional de Fertilizantes, que tem por objetivo reduzir a forte dependência da agricultura brasileira de adubos importados, principalmente de potássio e fósforo. A demanda por fertilizantes no Brasil, que girava em torno de 15 milhões de toneladas ano na década de 90, saltou para o patamar de 20 milhões a partir de 2000, alcançando o recorde de 24,6 milhões de toneladas na safra 2006/2007. Na safra passada, o consumo caiu para 22,4 milhões de toneladas.
No Brasil, a produção interna de NPK responde por apenas 35% do consumo, ante cerca de 77% na Argentina e 81% nos EUA. A forte dependência por insumos importados torna o agronegócio brasileiro altamente vulnerável. "Há mais de um ano estamos discutindo um plano para reduzir esta dependência", diz o ministro Sthephanes. O assunto vem sendo debatido dentro do próprio Palácio do Governo, em reuniões que envolvem o presidente Lula, os ministros e empresas como Vale, Galvani e Petrobras.
"É uma questão estratégica para a agricultura brasileira. Apenas quatro países dominam hoje as jazidas de potássio no mundo. E três empresas dominam o mercado mundial de fertilizantes", disse o ministro. Um levantamento realizado pelo Mapa mostra que o produtor precisou de 87 sacas de milho para comprar uma tonelada de adubo na safra 2008/2009, contra uma média de 57 sacas no período 2000 a 2007.
(Agrolink / Notícias Agrícolas, 19/05/2009)