Os envolvidos na Operação Moeda Verde, da Polícia Federal, serão julgados no dia 3 pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre. Foram indiciadas 54 pessoas entre empresários, agentes públicos e políticos por crimes contra o ambiente e o patrimônio genético; formação de quadrilha; falsidade ideológica; corrupção passiva; prevaricação; advocacia administrativa; crimes do sistema nacional de armas; tráfico de influência e corrupção ativa.
Tudo começou no dia 29 de abril de 2007, quando a delegada Julia Vergara pediu a prisão temporária de 22 suspeitos de participar de um esquema de compra e venda de licenças ambientais e até mudança de leis e atos administrativos por vereadores para beneficiar grandes empreendimentos na Capital. A maioria das prisões foi feita no dia 3 de maio daquele ano.
No dia 15 de outubro, Vergara entregou a conclusão do inquérito para a Polícia Federal e confirmou o indiciamento dos 22 suspeitos iniciais na operação. Quatro dias depois, a delegada disse que havia mais de 40 indiciados, mas não revelou os novos nomes. No dia 22 daquele mês, foram conhecidos os 54 indiciados na operação.
Um dia depois, o juiz Zenildo Bodnar decidiu encaminhar o inquérito da Operação Moeda Verde, com o nome dos 54 indiciados, ao Tribunal Regional da 4ª Região, em Porto Alegre (RS). É que o prefeito da Capital, Dário Berger, um dos indiciados, tem foro privilegiado. Já em fevereiro do ano passado, o desembargador Luiz Fernando Penteado, do TRF4, suspendeu provisoriamente o indiciamento de Dário Berger. A Câmara de Vereadores da Capital chegou a abrir uma CPI para averiguar mudanças em projetos de lei que teriam favorecido a construção de shoppings, por exemplo.
(Diário Catarinense, 21/05/2009)