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selos verdes etanol passivos dos biocombustíveis
2009-05-20

A partir de junho, Rainforest Alliance avalizará usinas com boas práticas

A partir de junho, os produtores de açúcar e etanol e usinas que quiserem ostentar um selo de boas práticas socioambientais já terão uma alternativa no mercado. A certificação Rainforest Alliance, conhecida no mercado internacional, passa a ter um conjunto de critérios específicos para a indústria de cana-de-açúcar, o primeiro do gênero em todo o mundo.

O selo deve ajudar as empresas a buscarem uma diferenciação no mercado, no caso dos produtores de açúcar, e também evitar pressões ou embargos de ONGs e governos em relação ao etanol brasileiro. "A certificação é uma garantia independente de boas práticas trabalhistas e ambientais no campo. Temos grupos agroindustriais que avançaram muito nessas questões e que merecem essa diferenciação no mercado", explica Luis Fernando Guedes Pinto, superintendente do Imaflora, organização que concede o selo Rainforest Alliance no Brasil. "A expectativa é que nesta safra de cana-de-açúcar já tenhamos um empreendimento certificado."

O grupo Adecoagro, que atua no ramo da agroindústria, já possuía a certificação Rainforest Alliance para sua produção de café gourmet, que é exportada para países da Europa, Estados Unidos e Japão. "O selo verde nos permite um prêmio médio de US$ 8 por saca de café", afirma Marcelo Vieira, diretor do Adecoagro. Agora, o grupo pretende dar início à certificação para a produção de etanol de sua usina em Angélica (MS). A unidade prevê moer quatro milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 2010, quando pretende dar início à produção de açúcar, que será voltada à exportação.

"Vamos começar a realizar as primeiras auditorias em campo para obter a certificação", diz Vieira. Segundo o executivo, a principal conquista que o selo verde deve trazer é o acesso a novos mercados. "O caminho do etanol brasileiro é a exportação. Estamos nos antecipando a uma exigência de mercados mais exigentes, como o europeu, mas que deve se tornar uma demanda de outros mercados também", diz Vieira.

O grupo Balbo, de Sertãozinho (SP), dono da marca de orgânicos Native também mostrou interesse na certificação, segundo Pinto, da Imaflora. Existe também o interesse por parte de traders europeias que atuam no País. " O produtor de açúcar quer vender produto com selo verde, inclusive para as grandes indústrias de alimentos, que começam a exigir certificações. E quem negocia etanol quer reduzir os riscos sociais e ambientais da produção" , diz Pinto.

Para obter o selo verde, a propriedade deve estar em conformidade com um conjunto de padrões de boas práticas trabalhistas e ambientais. As fazendas que tiveram áreas desmatadas após 1999, por exemplo, devem apresentar um plano de recuperação de matas. Há restrições para as queimadas - as propriedades terão três anos para mecanizar a colheita e elaborar um plano para empregar os trabalhadores em outras funções. No Brasil, a área certificada com o selo Rainforest Alliance está em expansão. Entre 2007 e 2008, houve um aumento de 87% no número de áreas certificadas, hoje em torno de 71,3 mil hectares, a maior parte (85,6%) com cultivo de café.

Tendência
Além do selo Rainforest Alliance, existem pelo menos outros dois sistemas de certificação socioambiental para a cana-de-açúcar em elaboração. Um deles é a Better Sugarcane Initiative (BSI), com base na Inglaterra, e que deve estar pronta até o final deste ano. Outra é a Mesa Redonda para os Biocombustíveis Sustentáveis, conduzido pela Universidade de Lausanne, na Suíça.

"Muitos compradores de etanol já estão incluindo critérios ambientais nos contratos. É uma demanda que terá de ser cumprida", diz Geraldine Kuntas, assessora internacional da Unica, entidade que representa a indústria de açúcar e etanol. Segundo ela, a partir de 2010 passa a vigorar uma diretiva da União Europeia sobre o uso de energias renováveis no transporte, o que deve dar impulso às exportações de etanol.

(Por Andrea Vialli, O Estado de S. Paulo, 20/05/2009)


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