Foram libertados na tarde de 15 de maio, 14 dos 18 trabalhadores presos há 19 dias no acampamento junto às obras das eclusas da barragem de Tucuruí. Eles reivindicavam recursos para agricultura, obras de infra-estrutura e criação de peixe em tanques-rede. Permanecem presos três atingidos e uma atingida pela barragem com a alegação de que eram as lideranças do grupo, o que reforça a denúncia de movimentos sociais de que as prisões foram de ordem política.
Segundo o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a liberdade dos atingidos é fruto de uma grande rede de solidariedade que pressionou as autoridades: “Agora temos que exigir a libertação dos outros quatro companheiros que foram presos nas mesmas condições. Não é justo que camponeses e pescadores tenham a liberdade roubada por reivindicar melhores condições de vida, enquanto os assassinos da Irmã Doroty estejam soltos”, declaram as lideranças do MAB.
Na última quarta-feira, na vigília em solidariedade aos povos amazônicos realizada no Senado Federal, em Brasília, Rogério Höhn, coordenador do MAB no Pará, denunciou as prisões políticas e a situação por que passam no presídio.
(Brasil de Fato, 15/05/2009)