Recuperação de equipamentos pichados custa quase R$ 1 milhão por ano. Nos quatro primeiros meses deste ano, foram registradas 218 ocorrências
Viadutos e passarelas de Curitiba, alvos comuns de pichadores, receberam uma nova pintura. A prefeitura da capital do Paraná está testando o uso de tinta antipichação nesses locais. O secretário municipal de Obras Públicas, Mario Tookuni, afirma que a medida foi necessária diante das constantes pichações. "A ação de pichadores deixa a cidade feia e destrói patrimônios públicos. Em alguns casos, a tinta de pichação corrói os materiais, diminuindo a vida útil dos equipamentos da cidade."
A Secretaria Municipal de Obras Públicas quer reduzir o prejuízo causado com a recuperação dos equipamentos pichados, que chega a quase R$ 1 milhão por ano. O valor equivale à construção de mais uma unidade de saúde ou de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI). De acordo com a prefeitura, nos quatro primeiros meses deste ano, foram registradas 218 ocorrências de pichações em equipamentos públicos. A maioria delas ocorreu nos bairros da Administração Regional da Matriz (54 casos).
Tookuni explicou que a tinta antipichação só será usada em pontos onde os ataques dos pichadores são mais frequentes. "Os locais pintados com tinta especial são pontos onde o custo de repintura estava saindo maior que o valor do galão da tinta antipichação", comentou. Em média, um galão de tinta antipichação custa até três vezes o valor da tinta normal.
A Secretaria Municipal da Defesa Social também está atuando para reduzir a ação dos pichadores. Além de aumentar o número de guardas e veículos responsáveis para essa tarefa, a corporação vai fazer um trabalho de inteligência para identificar e deter em flagrante os vândalos. As denúncias contra ações de pichadores podem ser feitas pelos telefones 153, da Guarda Municipal; 156, da prefeitura; e 190, da Polícia Militar.
(G1, 13/05/2009)