A indústria de alimentos, sob pressão das agências de saúde e dos consumidores estão, rapidamente, substituindo os produtos com gorduras trans, também chamadas de gorduras hidrogenadas. Na maioria das vezes a substituição está sendo realizada com a utilização de óleo de palma. Em razão disto, pesquisadores do Agricultural Research Service (ARS), do United States Department of Agriculture, avaliaram as alternativas e os compostos utilizados para substituir, mesmo que parcialmente, as gorduras trans.
As gorduras trans são produzidas durante o processo de endurecimento, de hidrogenação e o estudo avaliou 4 óleos comumente utilizados em termos de riscos cardíacos. Quinze voluntários, homens e mulheres, participaram do estudo. Os seus níveis de LDL (o chamado ‘colesterol ruim’) era moderadamente superior a 130 miligramas por decilitro de sangue e todos tinham 50 ou mais anos de idade.
Eles consumiram quatro dietas experimentais ao longo de 35 dias. As gorduras testadas foram óleo de soja parcialmente hidrogenado(moderadamente elevado de gordura trans), óleo de palma (alto teor de gordura saturada), óleo de canola (alto teor de gorduras monosaturadas) e óleo de soja (alto teor de gordura polinsaturada).
Os resultados sugerem que o consumo, quer das dietas enriquecidas com óleo de palma ou óleo de soja parcialmente hidrogenado resultaria desfavorável, com níveis semelhantes de colesterol LDL e apolipoproteína B (proteína que, associada às partículas de gordura, transporta o mau colesterol pelo sistema circulatório).
Os resultados sugerem que o óleo de palma não seria um bom substituto para gorduras trans pela indústria alimentar. Pelo menos, não seria um substituto mais saudável. O artigo “Palm Oil Not a Healthy Stand-In for Trans Fats” foi publicado na edição de abril da revista. Para acessar o artigo, no formato PDF, clique aqui.
(Henrique Cortez Weblog, 12/05/2009)