O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assinou nesta segunda (11/05) um acordo de cooperação com o governo e a prefeitura do Rio de Janeiro para gestão compartilhada do Parque Nacional da Tijuca, onde fica um dos principais cartões postais da cidade, o Corcovado. Por meio da iniciativa, incluída no processo de recuperação da Mata Atlântica no Rio, serão colocados à disposição da administração do local todos os serviços oferecidos pela gestão municipal, como segurança, limpeza e conservação.
Além disso, o parque, que abrange uma área de aproximadamente 3,5 mil hectares e faz fronteira com pelo menos 12 bairros cariocas, deve passar a abrigar eventos culturais. De acordo com Minc, o local deverá, ainda, ser conectado a áreas verdes da cidade como o Parque Estadual da Pedra Branca, por meio da criação de corredores e mosaicos de unidades de conservação.
“Enquanto a favelização, o tráfico, as balas perdidas vão degradando e fragmentando o verde, essa idéia dos corredores e dos mosaicos é exatamente reconstituir e conectar o verde para dar mais força para a Mata Atlântica, para o turismo e criar mais empregos sustentáveis no Rio. Além disso, queremos melhorar a gestão com mais segurança, limpeza e coleta seletiva e atividades culturais”, destacou.
O ministro lembrou que, ainda no âmbito das iniciativas de preservação e revitalização do Parque Nacional da Tijuca, está prevista a recuperação do espaço onde funcionou até a década de 80 o tradicional Hotel das Paineiras, que já serviu de concentração para a Seleção Brasileira de Futebol. O local deve receber um pólo de visitação, com restaurante panorâmico, centros de educação ambiental, lojas temáticas e cerca de 30 acomodações para os turistas.
De acordo com Minc, neste momento estão sendo avaliados projetos arquitetônicos para serem implementados no local. De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, no âmbito nacional, o Parque da Tijuca é o que recebe mais visitas de turistas em todo o país, cerca de 1,2 milhão de pessoas por ano. Essa atividade também garante renda a cerca de 30% dos moradores das comunidades do seu entorno.
(Por Thais Leitão, Agência Brasil, 11/05/2009)